sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Invade e fim


Desde outubro a cidade já se enfeitava para o Natal. Luzes, árvores, papais noéis espalhados por todo canto. Novembro chegou e começaram as "promoções" para você garantir os presentes para toda a família! Em dezembro, vem o clima de confraternização. O incrível é que não há quem não se contagie por essa energia, a menos que esteja vivendo um período difícil, como já tive em alguns natais. Enfim, antes mesmo do Natal passar, começa a agonia pelo Ano Novo. 
Quais as cores para usar na hora da virada? O que será que vai acontecer? Como vai ser o mundo na segunda década do século XXI? É, já foi uma década. Para quem achava que o mundo ia acabar em 2000, até que vivemos bastante hein? A previsão agora para o fim dos tempos é 2012. Será que rola ter mais 10 anos de vida pela frente? Não sei, nem as cartomantes e outros especialistas em adivinhar o futuro se arriscaram a falar...
Além das metas para o ano que chega, vem aquele momento nostálgico sobre tudo que aconteceu este ano. Uma retrospectiva não apenas dos fatos do mundo, mas de tudo que aconteceu na vida de cada um. Todas as mudanças, as surpresas, frustrações, transformações. Enfim, tudo que aconteceu e às vezes a gente nem lembra mais.
Pois bem, fui inventar de fazer isso nas últimas semanas, foi bastante complicado. Primeiro porque eu não conseguia lembrar nem da roupa que eu estava usando no réveillon passado, quanto mais das coisas do início do ano. Lembro vagamente de algumas... Na verdade, fica um resumo de tudo que aconteceu de importante para mim. Agradável ou não, está tudo aqui, na minha cabeça. Acho que ninguém consegue fazer uma previsão exata de como estará exatamente daqui a um ano, porque sempre acontece algo de surpreendente e é aí que está a graça da vida.
Há um ano, eu realmente não imaginava que estaria onde estou e que alcançaria o meu objetivo de uma maneira tão avassaladora. Tudo bem que eu não consegui todos, mas até o que ainda não era meta, chegou. então, demos glória! Tudo bem que eu também não imaginava que seriam precisos tantos sacrifícios... Mas é uma questão de superá-los e seguir em frente. Vamos lá, é hora de jogar as cartas na mesa...
Eu imaginei que este ano eu seria feliz, mas não tanto quanto fui. Eu esperava conhecer pessoas especiais, mas não tanto quanto as que conheci. Eu esperava sofrer menos, e não tanto quanto sofri. Eu esperava gostar mais das pessoas, mas não deu tempo. Eu esperava ter mais tempo para sair e ver o Sol, mas sempre que eu tinha folga, chovia. Eu esperava ter menos espinhas, mas parece que atraí todas elas, cada vez mais perto. Eu esperava menos falsidade de algumas pessoas e mais falsidade em outras, mas os papéis se inverteram e tive até algumas boas surpresas.
Eu esperava ler todos o livro que tinha na cabeceira da minha cama, mas a pilha chegou a quase 10 e eu li metade deles todos. Eu esperava gastar menos dinheiro com comida e conseguir comprar mais roupas, mas eu continuei ficando louca por um pãozinho de queijo ou uma torta de chocolate na faculdade e lá ia meu dindin querido. Eu imaginei que fosse mais à praia, mas vou começar o ano novo com meu bronzeado de lua de sempre. Eu REALMENTE achei que tinha conseguir minha habilitação esse ano, mas mais uma vez, só fiz a parte teórica, agora são sete meses de luta para eu consiga. Eu esperava que as músicas de pagode fosse menos agressivas, mas na semana retrasada eu descobri que existe coisas do tipo "adestrador e cachorrinha". 
Eu não esperava que fosse trabalhar tanto e gostar de disso, mas enfim, achei meu rumo e em 95% do dia eu estou feliz no jornalismo. Eu não esperava ter tantas decepções com o "fazer jornalismo", como tive. Eu não esperava ficar tão obcecada pela perfeição, como fiquei. Eu não esperava cortar tanto o cabelo como cortei, mas todas as vezes me senti renovada. Eu não esperava conversar com tantos desconhecidos como conversei. Eu não esperava entrevistar uma criança drogada, uma prostituta e crianças felizes soltando pipa, como eu fiz.
Eu não esperava que ia amadurecer tanto em tão pouco tempo e começar a ver que certas atitudes de um passado tão recente foram tão imaturas e tão adequadas à minha idade. Eu não imaginava descobrir que sou tão responsável, como eu descobri que sou e nem passava pela minha cabeça sofrer por causa disso. Eu não lembrava que ia completar 20 anos de existência, e ainda sim, nada pôde evitar que isso acontecesse (graças a Deus!!!). Pois bem, este é mais ou menos o resumo do meu 2010, 2011 vem aí e sabe Deus de onde eu vou estar escrevendo o último post do ano, afinal, pelas minhas contas, estarei em outros oceanos.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Conversa de foca

*Antes de mais nada, que fique bem claro aos que não são do jornalismo, que foca é jornalista iniciante, ok?

– Caminho para os oito meses e ando bastante enjoada. Diria que estou em um dos momentos mais difíceis e arriscados, os sete meses. Embora pareça uma gestação, e digamos que seja mesmo, aos nove meses ainda não será o momento para dar a luz a esta nova criança. Este ser, no caso, serei eu mesma, daqui a um tempo: uma boa jornalista. Há quem acredite que ser jornalista é bem fácil. Seria bastante clichê falar que a profissão não corresponde a essa falácia e que não traz nenhum glamour. Esse discurso é fácil de ouvir de qualquer jornalista por aí, do pior ao mais bem-sucedido. Não, eu não quero falar disso.
Da minha redação sobre a mulher, que me fez passar no vestibular para jornalismo há dois anos, até hoje muitas coisas mudaram. Até porque redação de vestibular é um fórmula. Introdução + desenvolvimento 1 (primeiro argumento) + desenvolvimento 2 (segundo argumento) + conclusão. Tudo bem que no jornalismo a gente também deve seguir o modelo da pirâmide invertida, o lead e tal. Mas é diferente. Em alguns casos, dá para fazer um texto leve, bacana e que dê vontade de ler. Aí está o meu grande drama no último mês. Escrever um texto legal, que não seja óbvio e que não tenha um início quadrado. Não é fácil. 
Escrever sempre foi meu grande prazer, minha grande torta de chocolate com morango. Mas nos últimos tempos parece que o chocolate está hidrogenado e o morango, bem azedinho. Desde que mudei de editoria, tenho me esforçando ainda mais para escrever bem. Tem gente que diz que eu escrevo bem, que sei me expressar e tal, mas daí para que eu ache o mesmo é um abismo. Bem grande, daqueles que a gente não vê o que tem lá embaixo. 
Enfim, tenho maneiras diferentes para fazer meu lead. Depois de algum tempo no jornal, consegui tirar o padrão de assessoria que eu tinha e o texto ficou um pouco melhor, mas ainda quadrado. Às vezes, eu quero deixar mais leve, extrapolo e a matéria fica parecendo um diário. Apago tudo e começo de novo. E de novo e de novo. Infelizmente, nas últimas semanas eu não tive tanto tempo para ficar apagando e escrevendo de novo. Meus deadlines estavam devidamente misturados e curtíssimos. Resultado: textos sem graça. Melhor dizendo: previsíveis. Eu não gosto de ser previsível. Eu não gosto de começar uma matéria de um assunto que todo mundo sabe, do mesmo jeito que todo mundo escreve.
É aí que entra a minha paixão pelo jornalismo. A minha crença que me leva a buscar algo legal para mostrar às pessoas. Algo que seja pouco divulgado. Mas quando isso é meio que impossível – se temos que falar da volta do feriadão, ou que os itens da ceia de Natal estão mais caros, como todo ano –, busco um jeito diferente de fazê-lo. Ter uma boa história para contar. Jornalismo é contar histórias. Os fatos de um jeito que nós temos que construir. Lapidar e deixá-lo de um jeito compreensível para todo mundo.
A minha conversa está bem coisa de foca mesmo. Com toda essa utopia de fazer "jornalismo de verdade" e conseguir transformar alguma coisa nesse mundo com ele. É porque ele me encantou. Esse ser que cresce em mim desde que passei no vestibular é um grande amor. Quase igual ao materno. É o jornalismo brotando em mim, e o ser que vai nascer, sou eu mesma, só que jornalista. Enquanto ele não nasce totalmente, eu vou cuidando dele e ele, de mim.



segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Do pouco que eu sei

Eu estou estranha. Mudada, transformada e confusa. Mais uma vez. Na verdade, eu tô é mais velha...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Cheiro de erva doce

O cheiro de erva doce me lembra os finais de tarde das minhas férias de um tempo atrás. Agora ele voltou e me traz felicidade e leveza. Os dias de Sol me deixam feliz também, ainda que eu não possa estar na praia todos os dias, como era minha vontade. Os ares estão novos, com cheiro de animação. É que ele vem chegando, me transformando, me dando vigor.
Lá vem o verão. E eu quero ele venha logo, chegue logo, me bronzeie logo (urgente!). Não, não é uma alegria superficial ou inventada como aquelas que aparecem  nas propagandas que promovem o estado (na TV), onde todo mundo fica dançando no meio da rua, sem motivo aparente. É uma energia que vai me consumindo (mesmo que pareça paradoxal), me animando de um jeito inexplicável. É o meu sorriso alegre no rosto ao acordar e ver o céu azul. É a minha cara aborrecida por ficar em casa em algum dia de Sol. É a minha ânsia por sorvete, água e cores. É a minha preguiça de sair da brisa. Vontade de ouvir música boa (na minha concepção, mpb) e uma pitada de axé. A vontade repentina de comer acarajé. Vontade de me encaixar perfeitamente no estereótipo da baianidade, porque nós somos isso também. Vale ressaltar o "também" e excluir o "apenas", nessa situação.

 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Repetidas

Achei que seria coerente com o momento que estamos vendo na televisão, ao vivo, a todo instante no Rio de Janeiro. Palavras repetidas de violência, ódio, brigas e falta de humanidade. E não é só no Rio, aqui, em Salvador também. Os traficantes aterrorizam lá e aqui a polícia mata Joel, que sonhava em ser capoeirista. Aqui, monstros decapitam adolescentes. Lá, tanques de guerra entram nas favelas. Aqui jovens levam armas para as escolas.
Agora os olhos brasileiros se voltam ao Rio, enquanto as soluções de outros crimes vão sendo esquecidas e adiadas na justiça. Há, então solução para o que está acontecendo? Tem como parar com a violência seja ela em que caráter for, se não há julgamento? Se a impunidade impera nesse país? Enquanto isso vamos vivendo na ilusão, vamos nos esquecendo de nós mesmos, de nossos direitos humanos. Vamos viver numa realidade imaginária que ainda sonha com a Copa de 2014.

sábado, 20 de novembro de 2010

Anseios

- Quero comer um hambúrguer
Quero ir pro cinema
Quero ir pra praia
Quero comer brigadeiro de panela
Quero ficar ouvindo música boa
Quero ter companhia pra fazer isso
Mas parece que eu sou muito antiquada pra minha geração
Ou muito nova pras gerações mais velhas
Eu não estou em clima de badalações
Mas quero conhecer novas pessoas
Quero respirar e sentir cheiro de vida
E não de estresse
Quero parar de espirrar e de tossir
Quero que minhas espinhas sumam
Quero conseguir marcar minhas aulas da auto escola
Quero juntar meu dinheiro para fazer minha cirurgia dos olhos
Quero comprar um óculos escuro
Quero comprar um relógio
Quero ser inteligente
Quero conseguir terminar os livros que estou lendo há três meses
Quero deixar de ser certinha e fazer revoluções

Agora, depois do querer, basta começar a fazer.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Kant

– "Assim devem, sem dúvida, ser compreendidos também os passos da Escritura, onde se ordena amar o próximo e ate os inimigos. Com efeito, o amor, como inclinação, não pode ser comandado; mas praticar o bem por dever, quando ne­nhuma inclinação a isso nos incita, ou quando uma aversão natural e invencível se opõe, eis um amor prático e não pato­lógico, que reside na vontade, e não na tendência da sensibilidade, nos princípios da ação, e não numa compaixão emoliente. Ora, é este único amor que pode ser comandado."

sábado, 13 de novembro de 2010

Metade foi tu que me deu

– Acordei hoje procurando palavras para lhe dizer, para fazer a homenagem devida. Mas ainda não encontrei algo que fosse mais claro do que "te amo". Meus pensamentos estão confusos, complicados e cheios de lembranças. Eu escolhi não lembrar das lágrimas de um ano atrás. Escolhi não lembrar do meu último adeus (provisório), dos olhos piedosos de todos que foram à sua despedida. Procurei lembrar do seu último sorriso, das suas últimas palavras felizes e tão lúcidas. "Vai assistir o jogo, vó? Vou sim, eu tô assistindo". Linda.
O jogo, o que era o futebol em sua vida, hein, Maria? Seu Bahia! Eu, que sempre fui Vitória (sabe Deus lá porque), nunca desrespeitei seu time, muito por ter você como torcedora. Lembro que no último jogo que teve enquanto ainda estava aqui, minha irmã lhe falou que ele havia ganhado e você ficou feliz. Hoje, ele está para subir para a Série A, acho que você deve estar acompanhando, em qualquer lugar que esteja. Aliás, eu tenho certeza disso. Linda.
Essa semana eu estava lembrando dos seus pés. Antes de dormir, estava cobrindo meus pés – coisa que eu quase nunca faço –  e lembrei das cócegas, era só tocar nos seus, que você ria, se transformava e dizia "para, menina!" rindo ainda. Linda.
Hoje é um dia inexplicável. Decidi não chorar e tentar sofrer menos, é quase impossível, mas estou quase conseguindo. Sinto a tristeza no ar, nos olhares, na conversa saudosista de minha tia. No aborrecimento repentino e sem motivos de minha vó, na minha acidez ao falar. É tudo um disfarce (dos piores) para enganar o sentimento.
Esta tarde, vendo o reflexo do céu azul nas minhas pernas quase transparentes lembrei das tardes quentes no quintal e do calor aliviado nos momentos em que estive ao seu lado na janela "para olhar o movimento da rua". Percebi o quanto eu fui crescendo ali: quando não alcançava a janela e meu queixo batia no mármore, quando meus braços se apoiavam na altura perfeita. E, quando, finalmente precisava me encurvar nela para desfrutar de sua companhia me contando das pessoas que subiam e desciam a ladeira, pedindo a sua bênção. "Essa é a mais nova de Eliane, é Mandinha", dizia aos que passavam por ali. Linda. Para mim ela continua ali, na janela vendo todo mundo passar. E eu no quintal aproveitando a curva que o vento faz ao passar.
E o nosso amor continua. De tudo que eu sei, mais da metade veio de você. Que passou para minha vó, que passou para minha mãe que passou para mim. Algumas outras vieram diretamente de você, de suas mãos, de suas comidas maravilhosas, de seus olhares, conselhos. Enfim, de seu cuidado na nossa infância, no nosso crescimento. No crescimento de todos nós que viemos de você e dos que não vieram também e foram se agregando à família. Mãe nata de coração grande, nunca soube de recusas de sua parte. É eterna para mim, vive intensa em meu coração e acesa na minha fé. Linda.
Existem milhões de palavras e sentimentos de lembranças para descrever, mas nada que eu diga aqui chegará perto do que eu estou realmente sentindo. Então, eu me calo e rezo. Esteja bem minha linda, eu sei que está nos abençoando, nos olhando e protegendo. Eu te amo e isso é o que eu espero que você nunca esqueça quando voltar.

sábado, 6 de novembro de 2010

Meus novos santos

- Sozinha e sem saber ao certo onde estava pisando, fui me aproximando da igreja, procurando informações. Minha pouca experiência como repórter contribuía, a cada passo que eu dava, para que eu sentisse medo do que estava por vir. Os fiéis iam chegando aos montes. Fui buscando informações, procurando as fontes para cumprir minha pauta. Conversei com o prior e com uma integrante da Ordem.
Aos poucos, a ansiedade me tomava e o atraso do início da missa ia se aproximando. Às 9h40, uns poucos fogos me assustaram e alertaram que a minha curiosidade seria sanada em alguns instantes. Uma voz começou e o resto da igreja acompanhou cantando "quando Jesus passar, eu quero estar no meu lugar..." 
Enfim, às 10h, uma alvorada de fogos anunciava a missa em comemoração aos 325 anos da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. O clima de fé já era incrível àquele instante, mas eu não imaginava que o mais emocionante ainda estava por vir. Foi quando alguns dos 450 irmãos se organizaram para entrar. A roupa preta e branca, deixava claro a marca da singularidade do Rosário dos Pretos.
Me senti em casa quando ouvi os versos conhecidos de uma canção: "Maria, cheia de graça e consolo, venha caminhar com seu povo". O que foi espantoso e encantador foi o ritmo que a música foi se encaixando a cada metro que a irmandade se aproximava do altar. O som dos atabaques e pandeiros despertou um sentimento de revigoramento em mim.
Entre as fontes que entrevistei, a história do irmão José Carlos me tocou. José lamentava que a comemoração estivesse sendo realizada na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, no Pelourinho, em virtude da reforma da igreja matriz.“É uma pena que a comemoração não seja na nossa matriz. Ela é o símbolo de nossa resistência. Conseguiu continuar erguida e vamos em frente com a nossa bandeira”, Ele faz parte da Ordem há 13 anos e contou que frequentava a Igreja de São Francisco, mas quando entrou na Rosário dos Pretos uma força maior não o deixou mais sair. “Eu gostei de lá e não sai mais”.
A Igreja foi construída em 1625 por africanos oriundos da Angola e do Congo.“Ela é a grande padroeira dos negros, são 325 anos de resistência, é muita fé”, descreveu o prior Júlio César Soares, que faz parte da congregação há 20 anos. Segundo o prior, o Brasil é o segundo País mais devoto de Nossa Senhora do Rosário.
Durante a missa, pude acompanhar um pouco da história da Irmandade, e vi os devotos reverenciaram também à Santa Bárbara, São Benedito de Paria e Santo Antônio Categeró. A emoção na festa, não era só minha, claro. A devota Nilda Santana, que faz parte da Ordem de Santo Antônio há mais de 15 anos e me falou emocionada sobre a importância do Rosário na sua vida. “Só de falar do Rosário, fico emocionada. Ela é muito importante, me dá muita alegria e já me concedeu muitas graças”, conta.
A animação do povo fiel a sua Mãe Senhora me fez perceber que a fé não precisa de seriedade. É possível ter muita fé e cantar com alegria ao seu Deus, aos seus santos. Para mim, o pouco tempo que passei ali foi suficiente para compreender que a vontade de libertação é o que basta para se conseguir passar por qualquer obstáculo e ir em frente. Eu vi o que é ter ciência da importância da nossa história, e como isso é preservado em muitos lugares. Viva à memória do povo!
Infelizmente, em virtude de força maior, não pude acompanhar a procissão que seguiu pelas ruas do Centro Histórico e formaram um rosário vivo no Largo do Pelourinho. Para a programação do dia seguinte, estava planejada a “Missa dos Antepassados”, em homenagem aos membros da irmandade que já faleceram. E após a celebração, seria distribuído o tradicional bacalhau com toucinho aos convidados, que remonta à revolta dos Malês em 1835, quando a Irmandade precisava provar que não acobertava os malês, muçulmanos que não comiam porco.
Depois de quase duas horas na igreja me senti renovada. Uma energia boa circulava pelo meu corpo. E até hoje tem sido assim... Me encontrei, me senti em casa e muito feliz por sentir que de algum jeito eu  também era tudo aquilo ali. Começo a respirar novos ares, a ver com novos olhares e sentir com outras emoções. Sigo agora com mais fé e sinto saudade dos dias em que eu tinha a Igreja sempre.

sábado, 30 de outubro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Um ano se passou

- Deus,
Hoje começa uma jornada difícil para mim. Faz um ano que começaram os 15 piores dias que eu já vivi. Como se fosse ontem, lembro de tudo com tanta perfeição, que a dor ainda é a mesma. Durante esse período, nesses 365 dias aprendi a conviver com a saudade. É difícil e doloroso, e acho que só consegui essa proeza por fugir de umas das principais lembranças: a sua casa.
Mais que uma residência simples, aquele lugar é a representação concreta de grande parte de minha vida. Da minha infância, adolescência e o pouco do início da minha nova vida. A máxima de que a gente só dá valor quando perde é bem verdade, mas acredito que não se aplique totalmente à minha situação. Eu sempre adorei e valorei cada segundo que vivi ao lado dela e naquela casa. Apenas depois que cresci e minha rotina se modificou totalmente, é que fui deixando esse passado/presente para trás. Mesmo assim, me crucifico todos os dias pelas tardes que não dediquei à sua presença, em que não retribui igualmente o seu amor.
Eu passei a não lamentar pela morte em si, cerca de um mês depois. O que lamentei a partir daí foi a sua ausência, a saudade imensa que me consome sem piedade, sem pudor. Ela aparece devagarzinho, sutilmente e de repente, já estou tomada de lembranças de pequenos momentos mesmo. Lembro de suas mãos enrugadas, de seu sorriso sincero, da sua força, da sua comida, do seu cuidado com todo mundo. "Quando chegar, ligue, viu?". Quase nunca a gente lembrava de ligar.
Então, Deus, com tantas lembranças assim durante esses 15 dias, será que o senhor poderia me dar um pouco mais de força para eu não desmoronar? Será que poderia me dar um pouco mais de fé para que eu acredite que tudo isso vai passar? Será que um dia a dor vai conseguir se esconder dentro do meu coração? Será que ela vai me deixar em paz?
Paz. Como será que ela está? Será que tão bem como quando aparece nos meus sonhos? Eu lembro do seu último sorriso, assistindo futebol na televisão. Deus, garanta que ela esteja sorrindo assim agora.

domingo, 24 de outubro de 2010

Meu tipo

- Sou do tipo que sorri. Mas só sorriso sincero, quando dá vontade e não para parecer simpática. Do tipo que adora comer. Mas só comida caseira boa e que fica enjoada só de sentir o cheiro de restaurante. Do tipo que enlouquece quando vê uma borboleta e vai atrás independente de onde seja. 
Do tipo romântica. Mas que não espera por um príncipe e nem se ilude rápido. Do tipo que chora e sem medo. Do tipo que grita. Mas apenas quando me tiram do sério. Do tipo que sente enjôos repentinos, mesmo sem a gravidez. Do tipo que sente vontade de comer um hamburguer em um domingo e não vai comprar. Do tipo que não é metida. Mas se passa por uma facilmente. 
Do tipo que odeia mentira, mesmo quando a verdade é ainda pior. Do tipo que não gosta de sofrer. Mas está disposta a sentir o que for preciso para ser feliz. Do tipo que não mede esforços para ajudar. Mas que também não é  a Madre Tereza de Calcutá. Do tipo que escreve. Mas é só um jeito de colocar os sentimentos para fora e não para chamar atenção. Esse é meu tipo. 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Reencontro

- Porque é sempre do mesmo jeito. As coisas acontecem da mesma maneira e eu sempre ajo igual também. Cansada de correr na direção contrária, vou desistindo no caminho e tropeçando em algumas pedras que insistem em me importunar. A vontade agora é de sair correndo, em busca do nada, do ninguém. Já estou correndo e não consigo parar. Do meu lado passam algumas árvores, que agora são apenas vultos verdes. No meu pensamento, coisas como: "eu não sei viver só", "eu não vou deixar isso acontecer de novo" e "vou deixar de ser desse jeito".
Agora, nada mais importa, só consigo sentir o vento jogando o meu cabelo para trás. Ainda tenho uma angústia no meu peito. A memória cruel me faz lembrar do sofrimento de 1 ano atrás e aquelas imagens não conseguem sair da minha cabeça. Lágrimas, tristeza e impotência. Eu estava só. Triste e só. Medo. Medo. Medo. As imagens agora passam ro-dan-do, como em uma ci-ran-da. E todas as pessoas são iguais. Todas têm meu rosto, meus sentimentos, minhas sensações. Eu ainda estou correndo e agora, um pouco tonta com tanta gente ro-dan-do, tantos pensamentos desencontrados. É impossível não chorar. Estou chorando. Não quero mais. Me liberte. Me leve para longe. Não me deixe mais só. Eu não quero ficar sozinha de novo. Agora eu estou só. Parei de rodar e estou só. Estou tonta, o mundo está girando. Acho que vou cair. Estou em um abismo e eu não sei parar de cair. O chão não chega nunca. O vento é brutal e me sacode forte. Eu quero voltar. Quero subir. Quero ir para casa.
Estou vendo você. Segura a minha mão? Você passou direto. Está escuro, mas há um brilho que me cega. "Hoje, no universo, nada que brilha cega mais que o seu nome". Eu não consigo mais enxergar, mas eu ainda vejo você. Você está de branco, linda como sempre. Ainda tem o cheiro de vó. Você está me vendo e eu não consigo parar de chorar. Eu estou voltando. Estou subindo e suas mãos agora me carregam, me ajudam a levantar. Minhas lágrimas viraram chuva. Algumas flores estão nascendo. É primavera. Voltamos ao jardim. Eu estou correndo novamente e não quero soltar a sua mão. Eu não quero te perder de novo. Eu sinto tanto a sua falta.
O mundo mudou desde que você se foi. Parece que tudo está errado, as coisas se inverteram, não sei. Eu nem sei mais quem eu sou, não sei mais me ver no espelho. Eu não sei me ver. Não solte a minha mão. Eu não consigo correr tão rápido assim. Você está indo embora de novo. O Sol está indo embora também. Eu caí no chão, o mundo voltou a rodar. Está chovendo ou sou eu que estou chorando? Não me deixe.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Um porto

- Agora era apenas eu e mais ninguém. Sozinha e medrosa, tinha que ir em frente, mesmo que fosse no escuro, sem saber bem o que vinha pela frente. As dúvidas ainda explodiam no meu peito, mas precisava olhar o futuro, sem ter medo do passado. Sim, era preciso encarar os olhares mais curiosos, mais ansiosos por minha reação. Nada mais viram que um largo sorriso e olhos cansados. A tristeza e a decepção estavam bem guardadas. Escondidas dos olhos mais cruéis. 
Esperei por perguntas ou comentários maldosos. Nada veio. Não sei se por pena ou por falta de informação. Sei que não vieram. Eu tinha imagino muita coisa, só não esperava que não houvesse nada. Mas não houve. Dei graças e corri para o meu chão firme. O que me dá apoio em qualquer circunstância e que estava pronto para compartilhar o meu silêncio misturado com sorriso largo e olhos cansados. A sua grande sacada foi conseguir me mergulhar em sua vida amorosa engraçada como sempre.
Nada mais divertido do que ouvir o amor vindo de um homem. Às vezes nem corresponde ao amor exatamente. Pode ser gostar, atração, encantamento ou qualquer outra coisa parecida. Sei que ele me conta tudo e há uma grande reciprocidade nisso. Adoro a nossa relação, que vai além da amizade e espanta alguns. Pelo menos para mim é sempre engraçado quando alguém pergunta se a gente tem alguma coisa. "Você não está com ele?" "Não, de jeito nenhum". 
Ele é meu porto – gostaria que nesse momento você não começasse a se achar, o que é quase impossível –, sempre a disposição para que atraque. Seja com alegria, tristeza, estresse ou qualquer coisa que seja, ele está sempre lá. E eu também estou sempre lá para ele. Ou aqui. Tanto faz, onde estivermos, estamos juntos. Ele sabe disso, e eu nem preciso dizer nada, como tantas outras coisas ele sabe só de olhar. Uma das poucas que ele não sabe, é que todos os dias eu agradeço por tê-lo conhecido e por ser tão importante em minha vida (espero que haja reciprocidade viu? tô brincando!). Enfim, queria agradecer por esse dia, e por todos os outros também. Estou aqui e sei que você também está e estará. Vamos assim. Obrigada, meu amigo!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O mundo está ao contrário e ninguém reparou?

- Seria hipócrita de minha parte dizer que não estou me importando com o mundo ao redor, apenas pelo fato de  eu não ter uma voz muito ativa na sociedade (é um clichê, mas é verdade). Nos últimos dias, percebi que Nando Reis realmente é um ótimo compositor. Nada seria mais perfeita para descrever o que estamos vivendo agora no segundo turno das eleições, do que essas frases: O que está acontecendo? O mundo está ao contrário e ninguém reparou? 
Eu, sinceramente, achei que discutir aborto era apenas na escola, para escrever uma redação. Apenas para isso, e não para conquistar eleitores que se excluem em uma bolha "apolítica". Acho extremamente absurdo que candidatos se aproveitem do coração mole do povo para conseguir votos. Tudo bem, eles sempre fazem isso. Sempre ouvi dizer que política e religião não se discutem. Já estamos discutindo política, então, para cometer mais um erro, e misturar ambos? Trazer o aborto ao debate eleitoral é um golpe baixo, com os que são contra e com os que são a favor. É uma pena que eles não percebam isso. É um tiro no pé de cada um. Não interessa saber agora a opinião deles sobre esse tema. O que se quer saber é se os programas, como o Bolsa Família vão continuar e se Dilma vai conseguir continuar com a imagem de mãe do povo até o final da campanha. Ponto final.
Não se pode discutir questões pessoais assim. Ninguém pode decidir o que o outro quer fazer com seu corpo. Com legalização ou não, as pessoas vão continuar a abortar, a não usar preservativo, ou a ter filhos como coelhos. Aborto não é proposta de campanha, teoricamente não deveria ser levada em consideração a opinião de cada candidato. Mas deixa lá, eles não querem atirar em si próprios? Que atirem! Vamos ver quem sobrevive a guerra, e consegue levar a canoa do Brasil – que já está virando – para a frente.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Te amo

- "Mas o pior não é não conseguir
É desistir de tentar
Não acredite no que eles dizem
Perceba o medo de amar
Eu cresci ouvindo anedotas, clichês e chacotas.
Frustrações
Sobre amasiar, se casar.
Se entregar seria fraquejar

Te amo, te amo, te amo

E se o tempo levar você
E um dia eu te olhar e não te reconhecer
E se o romance se desconstruir
Perder o sentido
E eu me esquecer por ai
Mas nós somos um quadro de Klint 
“O Beijo” para sempre fagulhando em cores
Resistindo a tudo seremos
Dois velhos felizes
De mãos dadas numa tarde de sol
Pra sempre..."

Vanessa da Mata é perfeita! Música nova...

sábado, 2 de outubro de 2010

Pensamento

- Eu estava aqui no meio-ócio, e lembrei dessa música do nada. Achei que valeria a pena postar. ;)

"Desde que estamos aqui
Eu não quero saber
Quanto tempo se passou
Quem sou eu e onde estou

Será que fomos apressados
Ou foi o tempo que parou
Será que estamos parados
Congelados no espaço
Desde que estamos aqui
Eu não quero saber
Quem está por cima
Quem está por baixo...

[...]

Eu quero ver você
Ficar no meu lugar
Eu quero ser você
Ficar no seu lugar..."

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Minha paixão

- Eu juro que tentei me controlar, mas eu não aguentava mais. Precisava postar esse vídeo.


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Só falta escrever o livro

- Sabe quando o mundo parece ser feito de flores? Pois é, meu mundo está mais florido do que a primavera, que começa amanhã. Descobri que estou apaixonada e ao contrário do que venho dizendo nos últimos dias às minhas amigas, sei exatamente por quem. Nada mais, nada menos, do que a vida. Depois da maré de tristeza e decepção com as pessoas ao meu redor e também com a minha futura profissão, eis que estou mais feliz do que nos últimos... Últimos, er... Últimos... 24 meses? É, 24 meses. Eu não posso ser hipócrita a ponto de dizer que 2008 foi um ano extremamente perfeito, lembrando que a Física ainda existia em minha vida. Foi um ano bom, claro, o último do colégio e tal, e eu tinha as minhas amigas todos os dias (as de verdade e que são para sempre).
Então, hoje, eu não tenho mais a Física na minha vida (não que eu precise perceber e estudá-la) e infelizmente eu não tenho as minhas amigas todos os dias presencialmente (ainda bem que existe Orkut, Msn e telefone!), mas tenho uma vida mais feliz. Mas, só mais feliz que os últimos 24 meses, porque antes a vida era uma maravilha! Uma graça divina, só eu não sabia. Eu e toda a população que têm 17/18 anos e que pensa que o mundo é uma droga só porque você depende dos seus pais para viver e não pode (ou não quer) pedir dinheiro todos os dias para sair, comprar futilidades e se enturmar no grupo das pessoas mais "legais" da escola.
Agora que minha vida é corrida e eu ainda dependo dos meus pais para viver (graças a Deus!), mesmo tendo meu próprio dindin, eu dou mais valor às coisas e sou mais feliz. É extremamente maravilhoso achar o dia bonito só porque está Sol e tenho olhos e vida para aproveitar isso. Espero que não seja uma fase mensal e que depois eu volte à minha tristeza natural de todos os dias em que eu acho que o mundo é uma droga e que todo mundo é falso e corrupto.
Sabe, nesse momento, eu estou pouco me importando se as pessoas são falsas e corruptas. Se elas querem ser, que sejam, eu não posso impedi-las. Eu quero é aproveitar o que eu tenho e viver. Percebi hoje que agora só falta eu escrever o livro, contando com o pé de feijão que eu plantei na 4ª série.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Então a sorte vem...

- Quando o sofrimento parece nunca ter fim, as coisas mudam da água para o vinho... O que parece ser ruim, torna-se um alívio. Aprendi que Deus escreve certo, seja por linhas tortas ou certas. As coisas vêm quando tem de vir e vão quando não devem mais participar da nossa vida. É como um jogo de videogame, em que mudamos de fase. Mas, para isso, temos que vencer algumas barreiras. A diferença é que na vida real, enquanto estamos lutando para mudar de fase, sofremos. Infelizmente, é inevitável.
Exemplos:
1. Sofri quando mudei de escola e fui para a alfabetização. Chorava todos os dias chamando por minha mãe.
2. Sofri quando mudei de escola novamente, eu não conhecia ninguém, mas parei de chorar. 
Entretanto, com as mudanças, eu ficava feliz por estar conhecendo novas pessoas, fazendo novas amizades (que pareciam eternas, e agora vejo, que eram temporárias). Nesse aspecto, comparando ao jogo, era como se eu estivesse "ganhando uma vida". O que não é mentira, pois com algumas transformações, é como se estivéssemos vivendo uma nova vida realmente.
Às vezes eu queria ser como o Mario Bros. Aparentemente ele não sofre muito. Mas, talvez, não funcionasse muito bem, visto que sou movida por emoções.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

um dia

- quem sabe talvez:
o mundo pare de girar, e eu continue caminhando sem direção, olhando para o mundo parado.

domingo, 12 de setembro de 2010

Malu é sempre Malu

- Sempre fui fã assumidíssima de Malu Fontes, e neste domingo, me tornei ainda mais (se é que isso é possível). O texto ("Os donos da lei") está muito bom, como sempre e eu, ainda consegui me identificar com ele. Muito bom mesmo! Aí vai um pedacinho, crucial, o que eu me identifiquei:

"Às mulheres, o diagnóstico que as leva para os centros de tortura, na linha dormindo com o inimigo é, quase sempre, a síndrome torta da cobertura. Quando apaixonadas, as mulheres, diante de um homem-barraco, sempre acham que vão transformá-lo numa cobertura, quem sabe até num duplex. Auto-engano do bom. Um barraco nunca será uma cobertura. No máximo, será um armengue, um barraco maquiado que, diante de qualquer ventinho, vai mostrar do que é feita sua estrutura interna e sua base essencial."

Como dizem hoje em dia: fica a dica! ;)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Analfabeta digital

- O twitter é um saco. Sem fundos e sem utilidade. Eu odeio o twitter! E não sei usar esse troço. Alguém se habilita a me explicar? =/
Logo no dia em que o IBGE divulga dados que mostra a queda do analfabetismo no Nordeste (de 22,4% em 2004 para 18,7% no ano passado), descubro que eu sou uma semi-analfabeta digital! Que horror!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Joguei a toalha

É, todo mundo está se rendendo e eu também me rendi, joguei a toalha: fiz um twitter, mas é segredo. Não precisa se preocupar em me seguir, eu não sei usar aquele trocinho, só fiz pela Panorama mesmo. Afinal de contas, o que a gente não faz pelos filhos não é verdade? Em breve, ela voltará com toda força. Aguarde... Enquanto isso, preocupe-se com sua vida, não se preocupe em me achar no twitter. ;)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Não sou índio, quero minhas barracas de volta!

- Era manhã de outono quando os nossos futuros colonizadores chegaram à terra "desconhecida". Preconceituosamente falando, começava a nossa era de coisas ruins, nossa colonização de exploração, desbravando terra a dentro, sem dó, nem piedade. Depois de anos de sofrimento, e misturas culturais, viramos o Brasil. Cada canto com sua peculiaridade. Esta semana, 510 anos depois, senti como se tivéssemos regredido ao ano de 1500. Mais de 100 barracas de praia foram derrubadas, repetindo, sem dó, nem piedade, um cenário assustador do descobrimento.
Os meios de comunicação mostraram cada detalhe sórdido e triste da situação. Cada madeira indo ao chão, cada lágrima dos barraqueiros e suas famílias. Ninguém fez nada além disso. Nada além de assistir aos tratores derrubando anos de trabalho e suor das famílias que tinham nas barracas sua única forma de sustento. Os escombros da vez foram as barracas as consideradas de elite, talvez por isso a repercussão tenha sido maior. Outras já haviam sido destruídas no início deste ano e a espetacularização foi menor.
A determinação, dada pela Justiça Federal, poderia ter sido evitada pelo governo do estado ou pela prefeitura. Nem um dos dois se manifestou. João Henrique perdeu a oportunidade de virar o "Pai dos Barraqueiros", e se não fosse evangélico, viraria até santo. Tudo isso porque foi ameaçado, pelo juiz Carlos D'Ávila, de ser preso. Interesses em evidência recuou com o pedido de suspensão da demolição e perdeu a chance de virar Jesus, que morreu para salvar seu povo. No caso, ele teria sido preso e salvaria o povo, ou ao menos, teria tentado, mesmo que não desse certo. Pois bem, ele não o fez, não se "crucificou" por si próprio, e agora é o povo que está fazendo isso, culpando explicitamente por todos aqueles que agora não tem para onde ir.
Voltando à relação das barracas com os portugueses - de maneira preconceituosa - quando eu vi os tratores chegando ao destino desejado, relacionei com as caravelas chegando ao litoral nordestino. A diferença é que os índios tentaram resistir, fugiam do trabalho forçado e foram iludidos com alguns presentinhos. Já os barraqueiros não podiam fugir, e o máximo de resistência que conseguiram foi se amarrarem aos seus equipamentos ou jogarem álcool pelo corpo, ameaçando cometerem um auto-incêndio. Nós, consumidores das barracas, não  resistimos. Somente após a derrubada, é que algumas pessoas se manifestaram, em comentários virtuais, mas não passou disso.
No contexto em que estamos, o presentinho ilusório foi a implosão da Fonte Nova. Uma semana de contagem regressiva, para distrair a mente do povo e esquecer os barraqueiros. Foram sete dias relembrando histórias que marcaram o estádio, jogos, confusões, vitórias e derrotas. Alguém lembrou que tinham centenas de famílias sem emprego, correndo risco de morrer de fome? Não! Todos os olhares se voltaram para os 700 quilos de explosivos que detonariam a Fonte. E foi um grande espetáculo transmitido ao vivo pela televisão, internet, e não duvido que pelo rádio também. Mas os barraqueiros continuam passando por necessidade, acredite!
Então, vendo a nossa cultura de ir para as barracas nas praias, e não para a praia em si, sendo destruída, nã o tem como se desvencilhar do processo de imposição cultural que sofremos há 500 anos. Nos acostumamos a ser uma coisa, e agora, teremos que ser outra novamente? A diferença é que eu não sou índio e tenho quase certeza de que não vou me adaptar tão facilmente a essa nova realidade, porque eu sei que sou egoísta o suficiente para pensar que nunca mais eu poderei tomar um Sol tranquilamente, esquecendo que pior do que continuar branquela, é não ter como sobreviver. Sendo egoísta ou não, uma coisa é certa: eu quero as barracas de volta!

domingo, 29 de agosto de 2010

Bum!

- Aí que a gente toma um susto e acorda para a vida! Bum! Vi a morte bem perto hoje... Por triz quase que Mandinha não virava carne moída... Depois do susto, a bonança: estava viva, graças a Deus! E por que não viver? Por que morrer? Por que pensar em deixar de existir por um segundo que seja?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Meu mundinho eleitoral

- A cada quatro anos, nós cidadãos somos obrigados a suportar campanhas políticas e votar. Este ano, o "sacrifício" será para escolher senadores, deputados estaduais e federais e presidente. Resolvi nesta eleição assistir ao horário gratuito - e obrigatório, caso você não tenha Tv fechada, ou cd's - com um olhar mais crítico e apurado. Devo confessar, que em alguns casos é mais uma diversão do que um programa chato de políticos prometendo coisas impossíveis do tipo acabar com a violência e melhorar a educação.
Infelizmente, este ano nenhuma música eleitoral ganhou o público, como aconteceu em 2008 com Hilton 50, e em 2004 com o arrocha de César Borges. Apenas Eymael está impregnando aos poucos em minha cabeça, com os "ey, ey, ey" dele, mas nada tão forte assim. Novidade foi a volta de ACM. "Você se lembra de mim?" Não, ele não ressuscitou fisicamente, mas voltou a ser utilizado como um jeito de promover candidatos. Eu tenho lá minhas predileções, mas não acho que seja um bom jeito de ganhar votos, não mais.
Hoje, "a ideia" é ser do Time de Lula. Eu não sabia mesmo que o presidente praticava esportes. Eu acho incrível a adoração que o povo tem por esse homem. É Deus no céu, e Lula com suas "bolsas" na Terra.
Uma coisa que me irrita bastante no horário político são aquelas atrizes que fazem um drama terrível para atacar o partido oposto. Gente, é tanta encenação, tão mal feito, que mesmo que elas digam a verdade, para mim, soa como mentira. E elas falam como se nós, eleitores, fôssemos cegos, burros ou ainda, idiotas. Tudo bem que existe parte da população que não tem muita consciência política, e se importa apenas com os possíveis benefícios diretos que terá votando em tal candidato, mas não precisava ser um teatro tão falso.
"É impossível mudar tudo em quatro anos". Essa é a frase que mais se ouve dos candidatos no fim de seus mandatos, e eu concordo plenamente. O problema é que de quatro em quatro anos, a bola de neve cresce, e a situação se agrava. Não existe um pensamento de dar continuidade aos projetos que foram deixados por algum governo que faz parte da oposição. Existe um pensamento atrasado de fazer "uma limpa", e destruir tudo que foi implantado: de pessoal a projetos grandiosos.
Graças aos pensamentos utópicos juvenis, me irrito com essa falta de responsabilidade com o outro, e cada dia mais me convenço que os clichês são muito apropriados mesmo. "Jogo de interesses". Isso ainda reina, e tragicamente, os interesses em jogo nunca são os do povo. O que me espanta é que nos deixamos ser conquistados pelos políticos. Nos deixamos levar por suas músicas ou outras inovações e nunca por suas propostas, pela sua trajetória política.
É bem verdade que o brasileiro tem memória curta - senão Collor não estava por aí de novo -, mas acho que está na hora de assumirmos uma nova postura. De eleger que realmente merece, se é que isso existe, e de cobrar o que prometeram. Não adianta só se encantar pelo marketing, mas também cobrar o que deveria ser feito, após a eleição. Porque depois da época eleitoral ninguém lembra dos candidatos ou muito menos lembra em quem votou. Você lembra para quem você votou para vereador na última eleição? E para deputado estadual? Lembra-se de cobrar de algum que eles cumpram as suas propostas? Vamos deixar de apenas nos divertir com a propaganda eleitoral gratuita, e prestar atenção ao que existe nas entrelinhas, para que, no decorrer dos mandatos tenhamos argumentos e razões plausíveis para exigir melhoria.

sábado, 21 de agosto de 2010

Mudando de canal

- Ô vontade de ficar em casa e curtir o frio! Essa semana, mais precisamente na quinta-feira, foi a noite mais fria do ano, 19,7°. Eu quase morri congelada dormindo, que nem a menina dos fósforos (exagero!). Sempre me entristeci com essa história e não quero lembrá-la agora, então, caso você não conheça, procure no Google, porque eu não vou lhe contar. Pois bem, voltando ao frio, sempre que as temperaturas abaixam, me dá mais vontade de ficar em casa, sem nada para fazer.
O que me resta então é apelar para a televisão, já que a internet não me encanta mais. Estou deixando que a Tv me reconquiste. Mas está bem complicadinho! A programação está cada vez pior na Tv aberta. Na verdade não sei se eu perdi o hábito de assistir televisão; se eu estou mais crítica; ou se realmente a qualidade está mais baixa. Me espanta o fato de Faustão ainda estar no ar, fazendo as mesmas piadas de 20 anos atrás, e o pior é que eu assisto, não vou mentir! Semana passada mesmo, me apareceu um cara com a voz igual a da Xuxa, gente o que era aquilo? Assustador! Aí eu pensei, e a Xuxa? Também é assustadora com aquela voz, porque o fato dela ser mulher não diminui a bizarrice de sua voz infantil aos 40 e poucos anos.
Falando em baixinhos, ainda tem o Criança Esperança né? 25 anos na telinha do plimplim fazendo arrecadações e vendendo a imagem de "vamos ser solidários". O incrível é que existem mil especulações sobre o real destino das doações e ainda assim, eles anunciam todo ano que o recorde foi quebrado. Eu não sei se é mentira e acontece lavagem de dinheiro, fato é que algumas pessoas com certeza doam, e existem projetos sociais sim, porque aparecem nas propagandas! Ahá! Deve existir algo sim, talvez não em grandes proporções e com tantas pessoas beneficiadas assim, mas eu ainda acredito que existe bondade nesse mundo e que pode sim haver solidariedade.
Ontem mesmo, eu fui fazer uma pauta, e fiquei totalmente comovida com uma iniciativa de uma mãe que pretende ajudar a outras mães que têm filhos internados com problemas do coração. Vai ser fundada uma associação para dar apoio emocional e físico às mães do interior - principalmente - que têm que passar meses no hospital acompanhando o tratamento de seus filhos cardiopatas. O projeto é lindo e eu estou super afim de ajudar, só não sei se será pelos meios jornalísticos. Mas por favor, procurem informações sobre a Abacc, é muito interessante!
Aí uma coisa que me intriga, a falta de interesse das pessoas em saber maneiras de ajudar o próximo. Eu não sei se é ingenuidade de minha parte, ou muita falta de vontade dos outros. Às vezes eu sinto que deveria contribuir, mas sempre estou sem tempo e não faço nada. Hoje mesmo eu vi três pessoas dormindo na calçada da Avenida Sete, e me deu uma dor enorme no coração e eu pensei: "que bonito Amanda, e você estava reclamando de sentir frio? Com um monte de casaco para vestir e cobertor para passar a noite!". Aí eu lembro de novo da menina dos fósforos e imagino que podia ser eu. Tenho esses acessos de culpa excessiva e gostaria muito de fazer concreto para ajudar, então, quem souber de algum projeto e/ou campanha, avise-me, estou disposta a ajudar! Acho que eu preciso deixar a Tv de novo, e agora mudar para o canal da realidade e ajudar de algum jeito.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Café?

- Apelidou-a de boneca, por seus traços finos e seu rosto de menina. Divirto-me com suas intenções em relação ao seu amor inventado. Acho que o criou para se distrair nos momentos de tédio. O incrível é que ele consegue parecer realmente interessado em fazer algo. "Se eu chegar amanhã com um anel e pedi-la em casamento ela vai aceitar?", essas e outras são suas melhores intenções com seu amor platônico, se é que chega a ser platônico.
É um cara legal, com cara de nerd, é verdade. Mas os nerds militares também têm seu valor, não é verdade? Estou brincando é claro, mas seus óculos Wilson, da mesma marca que os meus, o colocam no estereótipo de nerd, e, além de tudo: inteligente. Neste aspecto, os óculos não mentem, ele é muito inteligente, não é à toa, que vai embora agora. Uma das notícias que me deixaram sem reação esse ano. A sua partida. Foram pouco mais de três meses de convivência, mas guardo um carinho enorme. Vou sentir falta. Uma falta enorme.
Foi Santana que me ensinou a tomar café preto. Eu continuo não gostando de café preto, mas adoro o expresso da maquininha. E virou um hábito, todas as tardes, a hora do café. Entre as 17h e as 17h30, a conversa surge no spark: "bora tomar café?" ou simplesmente: "café?". Triste é quando estamos ocupados e o café vai sendo adiado e algumas vezes, não acontece. Mas foi com Egi que aprendi a dinâmica da maquininha. Todo o seu funcionamento e o significado de cada desenho dela. Onde por os grãos, quando falta água, e quando eliminar as bolotas de pó.
Ele me ensinou também, (e ainda tenta na verdade) a usar as vírgulas. Eu coloco sempre no lugar errado e isso é péssimo. Ele lê meus textos na maior boa vontade, mesmo que ainda tenha muitas coisas a fazer.
Além de um ótimo futuro jornalista, é um bom amigo. Conselheiro, ainda que para poucos (tenho sorte). Me ouviu nos piores momentos, e ainda me mostrou uma luz. Obrigada, meu caro. Muito obrigada. Acho que nada que eu faça será capaz de retribuir da mesma maneira.
Vou sentir saudade viu? Muita. Das músicas, então, seu ipod que tem de tudo um pouco, e é uma fonte de inspiração em qualquer deadline.
O que eu desejo a ele (você) é que corra tudo bem, e que aproveite muito essa grande oportunidade que vai mudar seu rumo, com certeza. E não esqueça de voltar, hein? Estarei esperando (eu e maquininha) para um café. Os bubaloos também te esperam, volte! ;*

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Minhas raízes

-- O texto abaixo foi um trabalho da faculdade que eu acabei nem apresentando, graças à minha timidez...

- Sou Amanda da capital baiana, mas com os pés no interior do estado. Sou digna de ser amada (Amanda), graças a meu pai, que mudou meu nome assim que nasci, deixando a ideia de mãe em transformar em Renata para trás. Diz ele que achou o nome da amiga de minha tia bonito, e por isso quis me batizar assim. Minha mãe concordou, quem sou eu para ir contra? Para me explicar, e contar da força das minhas raízes, começo pela ordem de meus sobrenomes.
Meu Azevedo veio lá de Irará com minha tataravó e minha bisa, que fugiram de lá, das agressões do meu tataravô. As irmãs de bisa, ficaram por lá. Minha Maria (bisa) começou a trabalhar cedo, ajudando em casas de família, minha vó veio ao mundo cedo também, coisas da vida. Minha bisavó conheceu meu bisavô e logo depois veio minha tia-avó, e minah vó ganhou um pai digno.
Ainda jovem minha vó conheceu o pai de minha mãe, e é daí que vem o meu outro nome: Palma. Ainda que o "dono" dele não traga boas lembranças, nem seja orgulho de ninguém, a geração da qual faço parte em minha família, carrega o sobrenome para onde vai. Por falta de contato, a história de onde vem o Palma é meio confusa, de Cairu ou Valença, não sei ao certo. Mas sei que ele também veio para cá e se disseminou, algumas concentrações na Cidade Baixa, e em outros locais, para mim desconhecidos. Há ainda meios-tios em Simões Filho, graças às astúcias do pai de minha mãe, e ainda tenho uma tia de 12 anos na Ilha de Itaparica. O Palma espalhou-se também pelo Brasil, em São Paulo e outros lugares.
Aos 17, minha mãe conheceu um ruivo barbudo. Meu pai. Filho de "dona" das Virgens e "seu" Orlando. Ambos Carvalho. Linda coincidência do destino, que me deixaria com dois sobrenomes iguais, mas dois viraram um, da mesma maneira que meus avós tornaram-se um só após o casamento. Ela, de Paripiranga (Bahia), ele de Simão Dias (Sergipe). Se gostaram,  se amaram e se casaram. Nasceram cinco filhos.
Vieram para a capital em busca de melhores condições de vida, com os filhos pequenos ainda, sem dinheiro, sem casa, nem emprego. Sobreviveram. Como chegaram aqui em Salvador por volta de 1940, e como mesmo diz dona das Virgens, não tinha televisão, então, fizeram mais filhos. Nasceram mais seis. Exato, um time de futebol. Família enorme, hoje nem sei contar nos dedos quantos primos eu tenho, nem quantos de segundo grau eu tenho também. É gente! Aqui da Bahia é isso, isso me faz. As famílias Azevedo, Palma e Carvalho são de origem espanhola ou portuguesa, não sei de onde exatamente. Tenho uma parcela de negritude - ou não gostaria tanto da batida do Olodum - e de índios também - ou não adoraria uma tapioca.

domingo, 8 de agosto de 2010

Uma explicação rápida

- "Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado (é porque eu estou te analisando)
Não falo de amor quase nada (porque eu guardo os meus sentimentos para mim)
Nem fico sorrindo ao teu lado... (só sorrio de verdade quando me dá vontade)

Você pensa em mim toda hora (eu não tenho tanta certeza disso, existem milhares de pessoas no mundo)
Me come, me cospe, me deixa
Talvez você não entenda (tenho certeza disso)
Mas hoje eu vou lhe mostrar... (talvez só o básico para clarear a sua mente)

Eu sou a luz das estrelas (preciso do brilho do Sol para me acender)
Eu sou a cor do luar (branca como a Lua)
Eu sou as coisas da vida (diversas)
Eu sou o medo de amar... (não tanto assim)

Eu sou o medo do fraco (os fracos têm mais medo de mim)
A força da imaginação (viajo além do imaginável)
O blefe do jogador (não blefo, só brincando)
Eu sou, eu fui, eu vou.. (já fui!)

Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!

Eu sou o seu sacrifício (muitos, incontáveis)
A placa de contra-mão (só sei andar no sentido contrário, preciso de minhas próprias ideias)
O sangue no olhar do vampiro (a vontade)
E as juras de maldição... (nem sou)

Eu sou a vela que acende (instável)
Eu sou a luz que se apaga (quando falta energia)
Eu sou a beira do abismo (pular é muito arriscado, viu?)
Eu sou o tudo e o nada... (quase sempre sou o intermediário)

Por que você me pergunta? (boa pergunta!)
Perguntas não vão lhe mostrar (não vão mesmo)
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar... (de tudo um pouco)

Você me tem todo dia (mentira)
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim...

Das telhas eu sou o telhado (o mais importante)
A pesca do pescador
A letra "A" tem meu nome (claro, AmAndA)
Dos sonhos eu sou o amor... (tudo o que há de bom, agora já estou me achando)

Eu sou a dona de casa (lavo, cozinho, passo, uahuhuahua)
Nos pegue pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Sou raso, largo, profundo... (humhum)

Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!
Eu sou a mosca da sopa (que nojo, mas sou a que incomoda mesmo)
E o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego (uau)
E a cegueira da visão...

Euuuuuu!
Mas eu sou o amargo da língua
A mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio
O início, o fim e o meio (da minha vida)
Euuuuu sou o início
O fim e o meio
Euuuuu sou o início
O fim e o meio..."

Sou apenas isso.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Meu progresso do regresso

- Depois da turbulência, aqui estou eu de volta para abrir meu coração. Em tempos de rebeldia, não aconteceu nada de muito importante, nada que eu me orgulhe, para falar a verdade. Ainda estou sensível e certas coisas têm me magoado bastante. São os reflexos das coisas que eu fiz nos últimos meses. Dois meses e muita coisa mudou, eu mudei, e voltei. Na última semana, consegui regredir, e voltei a mim. Hoje então, me dei conta de uma coisa: tenho 19 anos, mas queria ter cinco, 10, 12. Tudo, menos a que tenho.
Já me conformei que é meio impossível voltar a essas idades, e posso apenas, lembrar das coisas boas que eu tive. Dizem que não se vive de passado, mas a nostalgia me ajudou, me fez lembrar de quem eu sempre fui e deu certo. Cheguei a algumas conclusões nas últimas semanas:
1- Para se transformar é preciso saber exatamente o que se quer ser, do contrário, a gente se perde no caminho;
2- Não deixe que pessoas que você acha que conhece, te conhecerem muito rápido, isso não ajuda em nada na vida de ninguém: nem na sua, nem na dela;
3- Não queira agradar a todos, você nunca vai conseguir, e ainda sai de ruim na história, se nem Jesus agradou a todos, porque você mero mortal iria conseguir tal proeza?
4- Existe um momento para ser rebelde na vida, se você perde essa chance, passou mesmo, fazer depois é muito complicado;
5- Descobri que clichês são fruto da realidade e coisas do tipo: "você só está enganando a si mesmo" também são verdade;
6- Ser legal é difícil, mas ainda vale a pena tratar as pessoas com educação;
7- Quem você acha que sabe tudo do mundo, que é inteligente e tudo mais, nada passa de um ser humano, passível de erros, defeitos e coisas ruins também;
8- Por mais que a gente queira se desvencilhar de certas coisas, elas nunca vão desaparecer, porque fazem parte de você, da sua essência. Deixar de ser certinha, por exemplo, nunca vai acontecer de fato.
9- Entendi que perdas, separações, distâncias e muitas outras coisas que nos afastam das pessoas que gostamos/amamos acontecem e vão acontecer sempre e eu vou ter que aprender a conviver com isso;
10- Descobri que eu não tenho medo de me expor ao mundo, mas de que jeito serei interpretada;
11- Por fim, compreendi que 85% das coisas que acontecem comigo, dependem de mim, do que eu penso, do meu jeito de agir e de encarar as coisas. Então, se está tudo bom, foi por minha causa e se está tudo ruim, a culpa é minha também.

sábado, 24 de julho de 2010

domingo, 18 de julho de 2010

Cadê?

- Não sei mais ser eu. De tanto que ouvi, de tanto que vi e até mesmo que falei. Me cansei de mim, me mudei, me transformei e ainda assim, não estou satisfeita com tudo isso. Sei lá, às vezes acho que é o frio, que é uma fase, que vai mudar e etecéteras. Resolvi juntar o que achava de correto e coloquei em mim mesma. O que talvez tenha acontecido é o inverso. Tudo de errado transpareceu de mim. Não sei mesmo, estou confusa. Calada, surda, cega. Esquisita, em horas me vejo como uma formiga. Pequena, insignificante. Às vezes gosto, desejo isso para mim, às vezes odeio, me sinto rejeitada, escondida.
Sei que não gosto também de filosofar, de ir aos meus pensamentos confusos e desencontrados. Esqueceram de dizer à minha imaginação que é bom se controlar também. Eu queria escrever todas as palavras do mundo. Talvez seja a falta da minha ferramenta principal que esteja me deixando assim, com textos e pensamentos cruzados. Onde deixei minha caneta?

sábado, 17 de julho de 2010

Meu egoísmo secretíssimo

- Deixando de lados minha pseudo-intelectualidade e meus lamentos, registro agora a minha vontade de estar feliz, de ser feliz. O que me motiva nesse momento é a certeza de que amanhã vai ser lindo. Um lindo dia, apesar das chuvas, desabamentos e outras tragédias que acontecem na cidade. É que entre milhões de pessoas, eu existo, e existo apenas para viver. Me entregar à mim mesma, para me ser feliz. Ainda me dou ao luxo de ser egoísta por alguns instantes. Queria ser bem pequena agora, tão, que pudesse caber em uma caixinha de fósforos, para ficar ali, quietinha, pensando apenas, vendo as grandezas do mundo ao redor e comparando-as com as grandezas do meu ego.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O diploma está chegando (voltando)...

- Há pouco mais de 1 ano eu chorei quando a exigência do diploma de Jornalismo foi extinta. Aí veio a PEC como uma possível alternativa para reverter a situação e agora está dando certo, veja na matéria abaixo:

"Câmara aprova exigência de diploma para jornalista

O substitutivo à Proposta de Emenda Constitucional 386/09, que trata da volta da exigência do diploma para jornalistas, foi aprovado nesta quarta-feira (13/7), pela comissão especial criada na Câmara dos Deputados para discutir o assunto. Pela proposta, do deputado Hugo Leal (PSC-RJ), a Carta Magna vai prever, de forma explícita, que “a exigência de graduação em jornalismo e de registro do respectivo diploma nos órgãos competentes para o exercício da atividade profissional não constitui restrição às liberdades de pensamento e de informação jornalística”. A PEC agora irá a plenário, onde terá de ser aprovada em dois turnos.

Em junho de 2009, o Supremo Tribunal Federal acabou com a obrigatoriedade do diploma, sob o argumento de que ela restringe a liberdade de expressão. Na época da decisão, o STF considerou que a exigência é inconstitucional, e não apenas o dispositivo legal que a estabelecia.

O acórdão sobre o fim da exigência de diploma para jornalistas foi publicado no dia 16 de novembro do ano passado. Em junho de 2009, os ministros entenderam que é inconstitucional o decreto que exigia para o exercício da profissão registro prévio no Ministério do Trabalho, com a apresentação do diploma. O ministro Marco Aurélio foi voto vencido.

Os ministros definiram que a exigência não foi recepcionada pela nova ordem constitucional, especificamente em razão do inciso XIII, do artigo 5º, da Constituição. A regra estabelece que “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”.

Na ocasião, Gilmar Mendes, o relator, comparou a formação do jornalista à de um chefe de cozinha ou de um profissional de moda. “Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área”, disse.

O acórdão, com 138 páginas, incluindo o voto de todos os ministros, ementa, ata e extratos, registra em um de seus itens que fica proibida a criação de ordens ou conselhos de fiscalização profissional. “No campo da profissão de jornalista, não há espaço para a regulação estatal quanto às qualificações profissionais. O artigo 5º, incisos IV, IX, XIV e o artigo 220, não autorizam o controle, por parte do estado, quanto ao acesso e exercício da profissão de jornalista”, diz o documento.

Esse item, contudo, não significa que a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) deixará de existir, pois é uma entidade sindical de direito privado e não um órgão regulador. Ela congrega Sindicatos de Jornalistas do Brasil e representa os jornalistas, em nível nacional, para defesa dos seus interesses profissionais, lutas e reivindicações. Com informações da Assessoria de Imprensa da Câmara dos Deputados.

Fonte: http://www.conjur.com.br/2010-jul-14/comissao-especial-camara-aprova-pec-exige-diploma-jornalista

segunda-feira, 12 de julho de 2010

The meaning of my life is she

- Ainda que eu pareça ser muito mais do que eu sou, contraditoriamente tenho sido muito menos do que um dia eu pude ser. Continuo a mesma, revestida com uma nova capa. Novas roupas, novos esmaltes, novas risadas, novos olhares. Às vezes grossa, impaciente, transformada, transtornada. Insuportável. Agradável, legal, interessante. Carinha de inteligente, cara de criança, jeito de criança, pensamentos à frente. Ainda insegura, pisando em ovos. Conhecendo seus próprios caminhos, tentando aprender a usar os pés. Seus pés. Ainda que feios, com jeito de "roceiro", largos, grandes, estranhos, entretanto são apenas seus. Os passos também. Tentando errar menos. Querendo desvendar o mundo em segundos, instantes, minutos.
Sagitariana, buscando insistentemente a liberdade que ainda não sei qual é. O que é, de onde vem, para onde vai? Porque ainda estou presa às minhas lembranças de infância. Ao gosto do biscoito folhado e do Lanchester. Do cheiro bom da casa de minha avó. E a verdade é uma só: é por isso que estou assim, porque me dói saber que o "daqui pra frente" é muito diferente do que eu já vivi. Confesso abertamente que não gosto de certas mudanças, de algumas partidas, perdas, separações. Principalmente as semi-eternas. Meus olhos ainda guardam lágrimas que não chorei por sua causa. Você me faz muita falta, e eu sei que vou ter esse vazio no meu coração. Mas o vazio é pela falta de sua presença carnal. O meu coração ainda está preenchido com todo o seu amor. Apesar de estar me mostrando tão diferente, ainda sou a sua Mandinha, e penso em você a cada atitude que tomo. Ainda a mesma que sorri feito besta quando vê um sorvete, e que ficaria muito feliz se tivesse que dividir a cama com você de novo para um cochilo vespertino. Amanhã são oito meses, eu não esqueci.

domingo, 11 de julho de 2010

Piada de mau gosto e mal feita

- Mandinha Palma     diz:
* qual a diferença entre ronaldo fenômeno e o goleiro bruno?

- Amiga 1         diz:
* sei não

- Amiga 2        diz:
* peraiiiiiiii

- Mandinha Palma     diz:
* kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
* ?

- Amiga 2        diz:
* aii n sei
* tava pensando

- Mandinha Palma     diz:
*o que não mata, engorda

- Amiga 2         diz:
*na resposta
*kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

- Mandinha Palma     diz:
*achei muito bizarra
*e macabra

- Amiga 1         diz:
*oxeeee
*mal feita

- Mandinha Palma     diz:
*mas precisava falar
*mal feita?
*kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

- Amiga 2         diz:
*mal feita ??

- Amiga 1        diz:
*eh

- Mandinha Palma     diz:
*desenvolva

- Amiga 1         diz:
*ele pede a diferença
*e a resposta eh so sobre ronaldo

- Amiga 2        diz:
*oxee (amiga)
*aaah deixe de ser chata vc entendeu

- Amiga 1        diz:
*entender eu entendi

- Amiga 2       diz:
*kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
*mas eh sacanaa ela viu

-Amiga 1         diz:
*mas nao gostei

- Amiga 2        diz:
*n vcs
*a piada

- Amiga 1        diz:
*sacana eh ele!"

quinta-feira, 8 de julho de 2010

10 horas

- Inacreditavelmente, não estou cansada hoje. Passei 10 horas trabalhando hoje. Das 8h às 18h. E por pura vontade. Dizem que estagiário é escravo, mas acho que sou eu mesma que estou fazendo a minha escravidão e por puro prazer. Amo muito jornalismo.

sábado, 3 de julho de 2010

Meu egoísmo secreto

- Confesso que estou viciada. Viciada no meu silêncio.
Tem dias em que me calo, para ouvir o que eu tenho a dizer.
Em outros, explodo de tantas palavras, saem atropeladas, algumas se confundem, acabam por ter outra significação.
Parece que é nos dias de silêncio que todos querem me ouvir e eu simplesmente não tenho nada para dizer. Posso até ter, mas quero ficar em mim, para mim.
São minhas as minhas palavras, meus pensamentos, minhas ideias, minhas opiniões.
Com os meus pensamentos, sou egoísta, prefiro tê-los só para mim.
Mergulho neles, e confesso um segredo: vivo em mim, no agora, mas me guardando em lembranças.
Vivendo o presente com a esperança de lembranças para um futuro bom.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Grande Chico

-"Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você"

terça-feira, 29 de junho de 2010

ô Ô ô Ô ô

- São 90 minutos de coração disparado por dia, desde o início da Copa. Como é angustiante quando o juiz apita, dando início à partida! A bendita Jabulani fugindo dos pés dos jogadores, voando nas direções erradas. Sem falar  das vuvuzelas, sensação dessa edição do Mundial. Engraçado é ver a animação do povo brasileiro lá na África, na torcida, batucando, bagunçando. Enfim, sendo feliz, sendo brasileiro mesmo. Os africanos já nos adotaram, a compatibilidade do verde e amarelo nas bandeiras, nos aproximou ainda mais dos nossos antepassados. Aqui no Brasil, o país para completamente para acompanhar os jogos. O chato é quando os 11 escolhidos não fazem o que a torcida quer, logo de cara: gol.
Com a Coreia do Norte, aquele joguinho horrível, inacreditável. Costa do Marfim que me deu até dor de barriga de ansiedade, mas um pouco mais folgado, tranquilo. Portugal, querendo colonizar a gente de novo, mas agora no futebol, conseguiu se defender bem e não marcamos nada. Nem eles. Ontem, o Chile, foi como sempre o Chile. Ganhamos, dois gols logo no primeiro tempo. Lúcio como sempre dando o melhor de si, se doando por completo ao jogo. Alguém sabe me dizer se é a sua última Copa? Normalmente, os jogadores se matam na última.
Agora faltam apenas três jogos para o Hexa, na sexta disputamos as quartas, com a Holanda. Será que vamos fazer suco de laranjas? E o desfile do 2 de julho? O que será dele? Acho que só os jegues vão participar esse ano.

sábado, 26 de junho de 2010

Perfume novo

- Enchendo-se de esperanças vazias, agora quer se agarrar a um futuro bom. Um sonho, uma viagem. Novas ideias surgindo, parece que enfim ela tornara-se uma mulher. Mais determinada, objetiva. Um jeito diferente agora recai sobre sua auréola. Continua com a mesma cara de anjo, o mesmo olhar, o mesmo tom ao falar, a mesma meiguice de sempre, mas algo novo chegou. Ainda é uma transformação sutil para alguns, bombástica para outros, mas essencial para ela.
Se o seu andar é diferente, sua perspectiva de vida também. Agora anda procurando novos rumos, novas estradas, novos sonhos, quer ir atrás de seus objetivos a qualquer custo. Mesmo que seja ainda de maneira precoce, almeja muito mais do que pode ter no momento, além do que é palpável.
Assumir a própria maturidade talvez soe para alguns como, na verdade, infantilidade. Ela não assume esse papel de madura, pelo contrário, insiste ainda em esconder-se no mesmo papel. Não arriscaria a dizer que ela está mais madura, está diferente apenas. Consegue ver o mundo de jeito melhor. Na verdade, tornou-se mais esperançosa mesmo, com relação a si mesma, acredita um pouco mais no que pode fazer. A essência continua a mesma, só mudou um pouco o aroma do perfume.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Eu tive um sonho, vou te contar

- Então que essa história de sonhar é bastante esquisita não é verdade? Repare bem: em pleno sono - momento de inércia total do nosso corpo - conseguimos "viver" de um jeito diferente. Imagens passam por nossa consciência de uma maneira estranha. Por vezes parecem a realidade e outras, temos a plena consciência de que estamos sonhando, mas não conseguimos nos desvencilhar daquele momento. Para Freud, o sonho tem um caráter científico, e o conteúdo do sonho é a realização de desejos. Acho que concordo em parte com Freud, nos sonhos é possível se fazer o que quer, o que se deseja realmente, ou coisas que estejam guardadas no nosso inconsciente.
Andei fazendo pesquisas sobre o assunto e achei aqueles sites que interpretam sonhos. Gente, é impressionante esse tipo de coisa! Teve um mesmo que tinha uma lista em ordem alfabética sobre os sonhos, cada um com sua respectiva explicação. Acho isso engraçado. Quem foi que descobriu cada interpretação? Quem é esse gênio? E quem disse que ele estava certo? Não sei e nem quero saber. Eis que fui procurar uma dessas interpretações.
Sonhei que pintava os cabelos novamente, de luzes loiras. Entrei no site e fui procurar. "Letra C: cabelos". Primeira explicação: "Cabelos - Ver uma cabeleira comprida pressagia vida longa. Se fez tranças com os cabelos significa dívidas. Se a mulher sonha que está com os cabelos revoltos ou soltos, sinal de fuga do marido. Quem sonha com isso pode arriscar a sorte no bicho: vaca". Viram? Tem até conselhos sobre o que apostar! Incrível! Mas eu ainda não estava satisfeita com a previsão, precisava de mais. Então fui na opção "veja outro significado de sonhar com cabelos, clique aqui", e obedeci ao comando. Cliquei. Lá vem mais: "Cabelos: perigo de humilhação, traição por parte de amigos. Dificuldades em geral por um período de sete dias. Na vida: sucesso. No amor: reconhecimento.
Vê-los em abundância: amigos fiéis e desinteressados lhe proporcionarão alegrias inesperadas. Vê-los caindo: medo de perda do libido; invista mais no seu relacionamento. Cabelos curtos: sinal de atraso, indício de negócios mal orientados, cabelos compridos, questões intermitentes principalmente com vizinhos e com tendência para se transformar em judicial, cabelos abundantes, restabelecimento pronto de caso grave. Beijar cabelos, sinal de rompimento de laços amorosos mais fortes. Bonitos ou abundantes: sucesso com o sexo oposto. Despenteados ou curtos: decepções. Perder cabelos: problemas com a saúde ou relutarão Cortá-los: preocupações com dinheiro. Cabelos loiros: lembranças. Castanhos: energia e boa saúde. Ruivo: ciúme e caprichos. Brancos: amor eterno. Grisalhos: nascimento de urna criança".
Ainda não estou muito satisfeita com os significados, não correspondem à minha realidade, ou o que eu espero dela. Vou deixar rolar para ver o que acontece.