domingo, 29 de agosto de 2010

Bum!

- Aí que a gente toma um susto e acorda para a vida! Bum! Vi a morte bem perto hoje... Por triz quase que Mandinha não virava carne moída... Depois do susto, a bonança: estava viva, graças a Deus! E por que não viver? Por que morrer? Por que pensar em deixar de existir por um segundo que seja?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Meu mundinho eleitoral

- A cada quatro anos, nós cidadãos somos obrigados a suportar campanhas políticas e votar. Este ano, o "sacrifício" será para escolher senadores, deputados estaduais e federais e presidente. Resolvi nesta eleição assistir ao horário gratuito - e obrigatório, caso você não tenha Tv fechada, ou cd's - com um olhar mais crítico e apurado. Devo confessar, que em alguns casos é mais uma diversão do que um programa chato de políticos prometendo coisas impossíveis do tipo acabar com a violência e melhorar a educação.
Infelizmente, este ano nenhuma música eleitoral ganhou o público, como aconteceu em 2008 com Hilton 50, e em 2004 com o arrocha de César Borges. Apenas Eymael está impregnando aos poucos em minha cabeça, com os "ey, ey, ey" dele, mas nada tão forte assim. Novidade foi a volta de ACM. "Você se lembra de mim?" Não, ele não ressuscitou fisicamente, mas voltou a ser utilizado como um jeito de promover candidatos. Eu tenho lá minhas predileções, mas não acho que seja um bom jeito de ganhar votos, não mais.
Hoje, "a ideia" é ser do Time de Lula. Eu não sabia mesmo que o presidente praticava esportes. Eu acho incrível a adoração que o povo tem por esse homem. É Deus no céu, e Lula com suas "bolsas" na Terra.
Uma coisa que me irrita bastante no horário político são aquelas atrizes que fazem um drama terrível para atacar o partido oposto. Gente, é tanta encenação, tão mal feito, que mesmo que elas digam a verdade, para mim, soa como mentira. E elas falam como se nós, eleitores, fôssemos cegos, burros ou ainda, idiotas. Tudo bem que existe parte da população que não tem muita consciência política, e se importa apenas com os possíveis benefícios diretos que terá votando em tal candidato, mas não precisava ser um teatro tão falso.
"É impossível mudar tudo em quatro anos". Essa é a frase que mais se ouve dos candidatos no fim de seus mandatos, e eu concordo plenamente. O problema é que de quatro em quatro anos, a bola de neve cresce, e a situação se agrava. Não existe um pensamento de dar continuidade aos projetos que foram deixados por algum governo que faz parte da oposição. Existe um pensamento atrasado de fazer "uma limpa", e destruir tudo que foi implantado: de pessoal a projetos grandiosos.
Graças aos pensamentos utópicos juvenis, me irrito com essa falta de responsabilidade com o outro, e cada dia mais me convenço que os clichês são muito apropriados mesmo. "Jogo de interesses". Isso ainda reina, e tragicamente, os interesses em jogo nunca são os do povo. O que me espanta é que nos deixamos ser conquistados pelos políticos. Nos deixamos levar por suas músicas ou outras inovações e nunca por suas propostas, pela sua trajetória política.
É bem verdade que o brasileiro tem memória curta - senão Collor não estava por aí de novo -, mas acho que está na hora de assumirmos uma nova postura. De eleger que realmente merece, se é que isso existe, e de cobrar o que prometeram. Não adianta só se encantar pelo marketing, mas também cobrar o que deveria ser feito, após a eleição. Porque depois da época eleitoral ninguém lembra dos candidatos ou muito menos lembra em quem votou. Você lembra para quem você votou para vereador na última eleição? E para deputado estadual? Lembra-se de cobrar de algum que eles cumpram as suas propostas? Vamos deixar de apenas nos divertir com a propaganda eleitoral gratuita, e prestar atenção ao que existe nas entrelinhas, para que, no decorrer dos mandatos tenhamos argumentos e razões plausíveis para exigir melhoria.

sábado, 21 de agosto de 2010

Mudando de canal

- Ô vontade de ficar em casa e curtir o frio! Essa semana, mais precisamente na quinta-feira, foi a noite mais fria do ano, 19,7°. Eu quase morri congelada dormindo, que nem a menina dos fósforos (exagero!). Sempre me entristeci com essa história e não quero lembrá-la agora, então, caso você não conheça, procure no Google, porque eu não vou lhe contar. Pois bem, voltando ao frio, sempre que as temperaturas abaixam, me dá mais vontade de ficar em casa, sem nada para fazer.
O que me resta então é apelar para a televisão, já que a internet não me encanta mais. Estou deixando que a Tv me reconquiste. Mas está bem complicadinho! A programação está cada vez pior na Tv aberta. Na verdade não sei se eu perdi o hábito de assistir televisão; se eu estou mais crítica; ou se realmente a qualidade está mais baixa. Me espanta o fato de Faustão ainda estar no ar, fazendo as mesmas piadas de 20 anos atrás, e o pior é que eu assisto, não vou mentir! Semana passada mesmo, me apareceu um cara com a voz igual a da Xuxa, gente o que era aquilo? Assustador! Aí eu pensei, e a Xuxa? Também é assustadora com aquela voz, porque o fato dela ser mulher não diminui a bizarrice de sua voz infantil aos 40 e poucos anos.
Falando em baixinhos, ainda tem o Criança Esperança né? 25 anos na telinha do plimplim fazendo arrecadações e vendendo a imagem de "vamos ser solidários". O incrível é que existem mil especulações sobre o real destino das doações e ainda assim, eles anunciam todo ano que o recorde foi quebrado. Eu não sei se é mentira e acontece lavagem de dinheiro, fato é que algumas pessoas com certeza doam, e existem projetos sociais sim, porque aparecem nas propagandas! Ahá! Deve existir algo sim, talvez não em grandes proporções e com tantas pessoas beneficiadas assim, mas eu ainda acredito que existe bondade nesse mundo e que pode sim haver solidariedade.
Ontem mesmo, eu fui fazer uma pauta, e fiquei totalmente comovida com uma iniciativa de uma mãe que pretende ajudar a outras mães que têm filhos internados com problemas do coração. Vai ser fundada uma associação para dar apoio emocional e físico às mães do interior - principalmente - que têm que passar meses no hospital acompanhando o tratamento de seus filhos cardiopatas. O projeto é lindo e eu estou super afim de ajudar, só não sei se será pelos meios jornalísticos. Mas por favor, procurem informações sobre a Abacc, é muito interessante!
Aí uma coisa que me intriga, a falta de interesse das pessoas em saber maneiras de ajudar o próximo. Eu não sei se é ingenuidade de minha parte, ou muita falta de vontade dos outros. Às vezes eu sinto que deveria contribuir, mas sempre estou sem tempo e não faço nada. Hoje mesmo eu vi três pessoas dormindo na calçada da Avenida Sete, e me deu uma dor enorme no coração e eu pensei: "que bonito Amanda, e você estava reclamando de sentir frio? Com um monte de casaco para vestir e cobertor para passar a noite!". Aí eu lembro de novo da menina dos fósforos e imagino que podia ser eu. Tenho esses acessos de culpa excessiva e gostaria muito de fazer concreto para ajudar, então, quem souber de algum projeto e/ou campanha, avise-me, estou disposta a ajudar! Acho que eu preciso deixar a Tv de novo, e agora mudar para o canal da realidade e ajudar de algum jeito.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Café?

- Apelidou-a de boneca, por seus traços finos e seu rosto de menina. Divirto-me com suas intenções em relação ao seu amor inventado. Acho que o criou para se distrair nos momentos de tédio. O incrível é que ele consegue parecer realmente interessado em fazer algo. "Se eu chegar amanhã com um anel e pedi-la em casamento ela vai aceitar?", essas e outras são suas melhores intenções com seu amor platônico, se é que chega a ser platônico.
É um cara legal, com cara de nerd, é verdade. Mas os nerds militares também têm seu valor, não é verdade? Estou brincando é claro, mas seus óculos Wilson, da mesma marca que os meus, o colocam no estereótipo de nerd, e, além de tudo: inteligente. Neste aspecto, os óculos não mentem, ele é muito inteligente, não é à toa, que vai embora agora. Uma das notícias que me deixaram sem reação esse ano. A sua partida. Foram pouco mais de três meses de convivência, mas guardo um carinho enorme. Vou sentir falta. Uma falta enorme.
Foi Santana que me ensinou a tomar café preto. Eu continuo não gostando de café preto, mas adoro o expresso da maquininha. E virou um hábito, todas as tardes, a hora do café. Entre as 17h e as 17h30, a conversa surge no spark: "bora tomar café?" ou simplesmente: "café?". Triste é quando estamos ocupados e o café vai sendo adiado e algumas vezes, não acontece. Mas foi com Egi que aprendi a dinâmica da maquininha. Todo o seu funcionamento e o significado de cada desenho dela. Onde por os grãos, quando falta água, e quando eliminar as bolotas de pó.
Ele me ensinou também, (e ainda tenta na verdade) a usar as vírgulas. Eu coloco sempre no lugar errado e isso é péssimo. Ele lê meus textos na maior boa vontade, mesmo que ainda tenha muitas coisas a fazer.
Além de um ótimo futuro jornalista, é um bom amigo. Conselheiro, ainda que para poucos (tenho sorte). Me ouviu nos piores momentos, e ainda me mostrou uma luz. Obrigada, meu caro. Muito obrigada. Acho que nada que eu faça será capaz de retribuir da mesma maneira.
Vou sentir saudade viu? Muita. Das músicas, então, seu ipod que tem de tudo um pouco, e é uma fonte de inspiração em qualquer deadline.
O que eu desejo a ele (você) é que corra tudo bem, e que aproveite muito essa grande oportunidade que vai mudar seu rumo, com certeza. E não esqueça de voltar, hein? Estarei esperando (eu e maquininha) para um café. Os bubaloos também te esperam, volte! ;*

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Minhas raízes

-- O texto abaixo foi um trabalho da faculdade que eu acabei nem apresentando, graças à minha timidez...

- Sou Amanda da capital baiana, mas com os pés no interior do estado. Sou digna de ser amada (Amanda), graças a meu pai, que mudou meu nome assim que nasci, deixando a ideia de mãe em transformar em Renata para trás. Diz ele que achou o nome da amiga de minha tia bonito, e por isso quis me batizar assim. Minha mãe concordou, quem sou eu para ir contra? Para me explicar, e contar da força das minhas raízes, começo pela ordem de meus sobrenomes.
Meu Azevedo veio lá de Irará com minha tataravó e minha bisa, que fugiram de lá, das agressões do meu tataravô. As irmãs de bisa, ficaram por lá. Minha Maria (bisa) começou a trabalhar cedo, ajudando em casas de família, minha vó veio ao mundo cedo também, coisas da vida. Minha bisavó conheceu meu bisavô e logo depois veio minha tia-avó, e minah vó ganhou um pai digno.
Ainda jovem minha vó conheceu o pai de minha mãe, e é daí que vem o meu outro nome: Palma. Ainda que o "dono" dele não traga boas lembranças, nem seja orgulho de ninguém, a geração da qual faço parte em minha família, carrega o sobrenome para onde vai. Por falta de contato, a história de onde vem o Palma é meio confusa, de Cairu ou Valença, não sei ao certo. Mas sei que ele também veio para cá e se disseminou, algumas concentrações na Cidade Baixa, e em outros locais, para mim desconhecidos. Há ainda meios-tios em Simões Filho, graças às astúcias do pai de minha mãe, e ainda tenho uma tia de 12 anos na Ilha de Itaparica. O Palma espalhou-se também pelo Brasil, em São Paulo e outros lugares.
Aos 17, minha mãe conheceu um ruivo barbudo. Meu pai. Filho de "dona" das Virgens e "seu" Orlando. Ambos Carvalho. Linda coincidência do destino, que me deixaria com dois sobrenomes iguais, mas dois viraram um, da mesma maneira que meus avós tornaram-se um só após o casamento. Ela, de Paripiranga (Bahia), ele de Simão Dias (Sergipe). Se gostaram,  se amaram e se casaram. Nasceram cinco filhos.
Vieram para a capital em busca de melhores condições de vida, com os filhos pequenos ainda, sem dinheiro, sem casa, nem emprego. Sobreviveram. Como chegaram aqui em Salvador por volta de 1940, e como mesmo diz dona das Virgens, não tinha televisão, então, fizeram mais filhos. Nasceram mais seis. Exato, um time de futebol. Família enorme, hoje nem sei contar nos dedos quantos primos eu tenho, nem quantos de segundo grau eu tenho também. É gente! Aqui da Bahia é isso, isso me faz. As famílias Azevedo, Palma e Carvalho são de origem espanhola ou portuguesa, não sei de onde exatamente. Tenho uma parcela de negritude - ou não gostaria tanto da batida do Olodum - e de índios também - ou não adoraria uma tapioca.

domingo, 8 de agosto de 2010

Uma explicação rápida

- "Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado (é porque eu estou te analisando)
Não falo de amor quase nada (porque eu guardo os meus sentimentos para mim)
Nem fico sorrindo ao teu lado... (só sorrio de verdade quando me dá vontade)

Você pensa em mim toda hora (eu não tenho tanta certeza disso, existem milhares de pessoas no mundo)
Me come, me cospe, me deixa
Talvez você não entenda (tenho certeza disso)
Mas hoje eu vou lhe mostrar... (talvez só o básico para clarear a sua mente)

Eu sou a luz das estrelas (preciso do brilho do Sol para me acender)
Eu sou a cor do luar (branca como a Lua)
Eu sou as coisas da vida (diversas)
Eu sou o medo de amar... (não tanto assim)

Eu sou o medo do fraco (os fracos têm mais medo de mim)
A força da imaginação (viajo além do imaginável)
O blefe do jogador (não blefo, só brincando)
Eu sou, eu fui, eu vou.. (já fui!)

Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!

Eu sou o seu sacrifício (muitos, incontáveis)
A placa de contra-mão (só sei andar no sentido contrário, preciso de minhas próprias ideias)
O sangue no olhar do vampiro (a vontade)
E as juras de maldição... (nem sou)

Eu sou a vela que acende (instável)
Eu sou a luz que se apaga (quando falta energia)
Eu sou a beira do abismo (pular é muito arriscado, viu?)
Eu sou o tudo e o nada... (quase sempre sou o intermediário)

Por que você me pergunta? (boa pergunta!)
Perguntas não vão lhe mostrar (não vão mesmo)
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar... (de tudo um pouco)

Você me tem todo dia (mentira)
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim...

Das telhas eu sou o telhado (o mais importante)
A pesca do pescador
A letra "A" tem meu nome (claro, AmAndA)
Dos sonhos eu sou o amor... (tudo o que há de bom, agora já estou me achando)

Eu sou a dona de casa (lavo, cozinho, passo, uahuhuahua)
Nos pegue pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Sou raso, largo, profundo... (humhum)

Gita! Gita! Gita!
Gita! Gita!
Eu sou a mosca da sopa (que nojo, mas sou a que incomoda mesmo)
E o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego (uau)
E a cegueira da visão...

Euuuuuu!
Mas eu sou o amargo da língua
A mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio
O início, o fim e o meio (da minha vida)
Euuuuu sou o início
O fim e o meio
Euuuuu sou o início
O fim e o meio..."

Sou apenas isso.