domingo, 24 de abril de 2011

Lembrança

– "No compartilhamento das lembranças produz-se uma evolução. Alguns fatos são dolorosos demais para ser contados: revelando-os, nós os revivemos de novo. Temos então a esperança de que, com o passar do  tempo, a dor desaparecerá, e que em seguida será possível partilhar com outros aquilo que vivemos e nos aliviarmos do peso de nosso próprio silêncio. Mas, volta e meia, quando não há mais sofrimento na lembrança, é por respeito a si mesmo que a gente se cala. Já não sentimos a necessidade de desabafar, e sim a de não arrasar o outro com as lembranças de nossas próprias desgraças. Contar certas coisas é permitir-lhes ficar vivas no espírito dos outros, quando o que afinal nos parece mais conveniente é deixá-las morrer dentro de nós." (Não há silêncio que não termine - Ingrid Betancourt)

*A música combina muito com tudo que é descrito no livro. Vale a pena ler o trecho, ouvindo-a.  

sábado, 23 de abril de 2011

Solidão/solteirice

Ansiedade. Suar frio. Mãos tremendo, pernas bambas. E ainda dizem que paixão é coisa boa! Olha só o mal-estar que ela causa. Terrível. Deixando de fora a cara (e jeito também) de idiota que as pessoas ficam, né? Completamente vulneráveis a um sentimento indomável, capaz de promover mutações no ser humano. E é por isso que existem tantas pessoas sozinhas no mundo: medo de perder o controle. Mas ainda há quem se submeta, eu sou uma dessas pessoas (?).

*
Das vantagens de estar só (texto guardado no caderno há dois meses ou mais)

Eu bem sei o que é estar só. E não falo apenas do meu estado civil. Pois como dizem por aí há uma diferença grande entre estar solteira e estar sozinha. "Solteira sim, sozinha nunca", já bem diz um funk. Brincadeira! Mas, voltando, falo da minha solidão de momentos específicos como na hora do banho, na hora de dormir e etc. São nesses momentos preciosos que posso mergulhar com liberdade nos meus pensamentos. E eu adoro essa possibilidade de estar solta, sem ter que me preocupar com mais nada além de mim, mesmo que seja por alguns instantes.
É ótimo poder me perder em pensamentos, todas as minhas dúvidas ficam ainda maiores, é verdade, mas também é um momento importante para que eu me conheça mais. Ou não. Algumas vezes fica tudo tão diferente que eu me desconheço mesmo. E nem é paixão.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

n'África

Enfim decidi ir em frente com os meus projetos. Esse mês de abril tem ajudado bastante nisso. Estou tirando as coisas do papel. Sinto que a minha vontade de ir para a África está deixando de ser vontade a cada instante e está ficando mais real, mais próxima de se realizar. Isso me anima, me fortalece e me impulsiona a buscar mais coisas, a produzir mais, a futucar mais. Tenho descoberto alguns sites e pessoas interessantíssimas por causa desse TCC. Ou projeto de TCC.
Falando nele, montei um blog para contar um pouco da trajetória que eu e Carol construíremos até o trabalho ficar pronto. Acompanhem em: http://www.descobrindomeutcc.blogspot.com/ e, se der, dá uma clicadinha nos anúncios viu? rs

Ps.: a música é uma homenagem à Carol e Fernanda, que interpretam muito bem a música. hahahahaha


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sagitário

Eu estou explodindo em emoções, em alegrias e preocupações. Tantos planos e ideias vindo ao mesmo tempo. E parece que comigo tudo só acontece assim: de vez. Aí vem vindo tudo, me invandindo, me tomando e eu me perco, me entrego e me saio, porque me perco. É loucura ser eu e mais louco ainda é quando eu tento não ser. Porque só sei ser eu, assim do jeito que sou. Cheia de coisas ao mesmo tempo, de ansiedade, de entusiasmo. De muita coisa mesmo. É isso, é coisa de signo.

domingo, 10 de abril de 2011

Filhos

Vira e mexe o assunto entra nas rodas de conversa feminina. Especialmente naquelas em que a maioria está solteira. Filhos: quando vamos tê-los? A dúvida fica ainda maior quando ouvimos certas "cobranças" familiares ou quando olhamos para as gerações anteriores e vemos que as mães e avós tiveram filhos quase na mesma idade que temos agora e no entanto, nem namorado a gente tem. Que horror não é? Pode ser, ou não. Usando o pensamento feminista e clichê da mulher moderna, a gente pode ter filhos a qualquer idade. Toda hora aparecem na mídia mulheres lindas acima dos 40 anos, tendo filhos.
Mas aí entra a questão: "eu não quero ser avó do meu filho". E até certo ponto existe uma lógica nisso, porque se criar filhos hoje em dia já é bastante complicado, imagine daqui a algum tempo e você ter uma experiência de vida completamente diferente da que ele vai ter? Os conflitos familiares com certeza serão ainda piores.
E para evitar que isso aconteça é preciso arranjar um pai para o filho, não é verdade? Não, um laboratório já consegue produzir espermatozóides. Mas, sinceramente, eu não acho nada romântico usar espermatozóides de laboratório para gerar um filho. Eu ainda acredito naquilo de fazer filhos por amor, com amor e todas as características do romantismo. E é aí que está a dificuldade: quando vou encontrar um pai para o meu filho? Quem será a pessoa certa? Como eu vou saber que é a pessoa certa? Quanto tempo vamos ficar juntos? Vamos casar? Quanto tempo iremos ficar casados até termos o primeiro filho? Vamos ter mais de um? Com que ele vai ser parecido? Eu vou ter tempo ($) de criar meus filhos?
São muitas incertezas sobre um assunto que não tem fórmula exata. O incrível é que qualquer mulher pode dizer que se acha muito jovem para engravidar, mas não pode ver um bebê que a vontade vem com força total, e as dúvidas aumentam ainda mais.