sábado, 26 de fevereiro de 2011

Amigo: meu bom e velho desconhecido

- Uma das piores coisas que pode acontecer na vida de alguém é perder um amigo. E a pior delas não é a partida, quando se vai para longe ou se morre. O pior é perder estando perto. Enquanto ele está ao seu lado, a poucos centímetros, mas parece estar em outro continente. E às vezes estar em outro continente não é empecilho para continuar uma amizade.
Perder um amigo que está ao seu lado é como olhar e não ver. Como perder a essência de um  dos sentidos do corpo. A perda muitas vezes é motivada pelo desgaste da relação, por pequenas brigas ou divergências de ideias. O distanciamento vai acontecendo naturalmente, pouco a pouco, sem nos darmos conta e de repente, BUM! Tudo mudou.
Basta ficarem cinco minutos sozinhos, e os assuntos se esvaem. O silêncio duro e pesado predomina no ambiente. Cada gesto e comentário que em outros tempos seriam motivos para boas risadas juntos, tornam-se constrangedores. Não digo nem que seja algo como avisar que há um pedacinho de alface preso no dente, só pedir licença para ir ao banheiro é o suficiente para deixar o outro sem graça, e pensando que ele não o quer naquele ambiente, naquela mesa. 
Já não existem segredos entre os dois porque também não existem mais confissões. Só desabafos nos piores momentos, quando não dá mais para segurar, mas, ainda assim, sempre com aquela sensação de que não está sendo ouvido. Basta ver a cara de paisagem do amigo ouvinte.
 As afinidades continuam. As mesmas músicas, os mesmos filmes, e elas até se tornam surpreendentes em alguns momentos, por terem resistido ao distanciamento. ("Você também gosta? Sério? Não acredito!") O jeito de se entender, de se olhar, de se tocar, é tudo diferente. O que restou de semelhante foi a esperança de que um dia os ventos bons voltem a guiar essa amizade. Ou não, talvez nem isso seja igual.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

De dentro

Tímida. Mas de sorriso largo e olhos atentos. Os traços fortes e delicados definem sua indefinição natural. Não há como estereotipá-la conhecendo os seus pensamentos. Por fora, o rosto de uma moça querendo virar mulher, de possível jeito esnobe. Quem conhece sabe do tremendo engano que é acreditar no que é o seu fenótipo. Não é isso, ou aquilo. É cara de menina mesmo, jeito de menina também, mas às vezes se enfurece por ser essa uma verdade tão forte. Não porque não queria ser mais menina, até sente saudades da infância, mas por acreditar veementemente que isso a faz menor.
Dos livros, queria ser a borralheira, só por entender que a personagem era independente e podia se manter só. das músicas, acredita sempre que é a última romântica do mundo. Talvez seja, talvez não. Dos poemas, é aquele que ama, mas se faz de forte. Do paradoxo, é a que incentiva o sucesso alheio, mas tem pouca auto confiança. Dos outros, é a prestativa, gente boa e tal. De si, não sabe o que é. Não sabe mesmo e não afirmo isso por acreditar que é um certo charme para entreter os outros, é por saber mesmo que é verdade. Afinal, quem é que não sabe de si?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Meu espelho

- A música é simplesmente a tradução do meu momento:
"Tudo o que eu sonhei
Está na minha frente
Tudo caminhando num processo longo de ser gente
Está em nossas mãos
É a nossa vida
Cada escolha sempre determina
O que vem em seguida
E do outro lado dessa linha
Aonde está você?
Que é pra onde eu miro
Que é quem pode me ler
Mas se por acaso falhar esta ligação
A minha casa do chão"

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Da vida

- A semana trouxe muitos aprendizados, novas experiências. Aprendi muito e vejo que sigo no caminho certo. Fiz boas escolhas e estou aprendendo a lapidar meu diamante bruto. Na verdade ainda estou em dúvida se sou o próprio diamante, mas estou aprendendo. Caminhando, vendo, sentindo, absorvendo. É bom se sentir em paz. Estou em paz.