segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Minha paixão

- Eu juro que tentei me controlar, mas eu não aguentava mais. Precisava postar esse vídeo.


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Só falta escrever o livro

- Sabe quando o mundo parece ser feito de flores? Pois é, meu mundo está mais florido do que a primavera, que começa amanhã. Descobri que estou apaixonada e ao contrário do que venho dizendo nos últimos dias às minhas amigas, sei exatamente por quem. Nada mais, nada menos, do que a vida. Depois da maré de tristeza e decepção com as pessoas ao meu redor e também com a minha futura profissão, eis que estou mais feliz do que nos últimos... Últimos, er... Últimos... 24 meses? É, 24 meses. Eu não posso ser hipócrita a ponto de dizer que 2008 foi um ano extremamente perfeito, lembrando que a Física ainda existia em minha vida. Foi um ano bom, claro, o último do colégio e tal, e eu tinha as minhas amigas todos os dias (as de verdade e que são para sempre).
Então, hoje, eu não tenho mais a Física na minha vida (não que eu precise perceber e estudá-la) e infelizmente eu não tenho as minhas amigas todos os dias presencialmente (ainda bem que existe Orkut, Msn e telefone!), mas tenho uma vida mais feliz. Mas, só mais feliz que os últimos 24 meses, porque antes a vida era uma maravilha! Uma graça divina, só eu não sabia. Eu e toda a população que têm 17/18 anos e que pensa que o mundo é uma droga só porque você depende dos seus pais para viver e não pode (ou não quer) pedir dinheiro todos os dias para sair, comprar futilidades e se enturmar no grupo das pessoas mais "legais" da escola.
Agora que minha vida é corrida e eu ainda dependo dos meus pais para viver (graças a Deus!), mesmo tendo meu próprio dindin, eu dou mais valor às coisas e sou mais feliz. É extremamente maravilhoso achar o dia bonito só porque está Sol e tenho olhos e vida para aproveitar isso. Espero que não seja uma fase mensal e que depois eu volte à minha tristeza natural de todos os dias em que eu acho que o mundo é uma droga e que todo mundo é falso e corrupto.
Sabe, nesse momento, eu estou pouco me importando se as pessoas são falsas e corruptas. Se elas querem ser, que sejam, eu não posso impedi-las. Eu quero é aproveitar o que eu tenho e viver. Percebi hoje que agora só falta eu escrever o livro, contando com o pé de feijão que eu plantei na 4ª série.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Então a sorte vem...

- Quando o sofrimento parece nunca ter fim, as coisas mudam da água para o vinho... O que parece ser ruim, torna-se um alívio. Aprendi que Deus escreve certo, seja por linhas tortas ou certas. As coisas vêm quando tem de vir e vão quando não devem mais participar da nossa vida. É como um jogo de videogame, em que mudamos de fase. Mas, para isso, temos que vencer algumas barreiras. A diferença é que na vida real, enquanto estamos lutando para mudar de fase, sofremos. Infelizmente, é inevitável.
Exemplos:
1. Sofri quando mudei de escola e fui para a alfabetização. Chorava todos os dias chamando por minha mãe.
2. Sofri quando mudei de escola novamente, eu não conhecia ninguém, mas parei de chorar. 
Entretanto, com as mudanças, eu ficava feliz por estar conhecendo novas pessoas, fazendo novas amizades (que pareciam eternas, e agora vejo, que eram temporárias). Nesse aspecto, comparando ao jogo, era como se eu estivesse "ganhando uma vida". O que não é mentira, pois com algumas transformações, é como se estivéssemos vivendo uma nova vida realmente.
Às vezes eu queria ser como o Mario Bros. Aparentemente ele não sofre muito. Mas, talvez, não funcionasse muito bem, visto que sou movida por emoções.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

um dia

- quem sabe talvez:
o mundo pare de girar, e eu continue caminhando sem direção, olhando para o mundo parado.

domingo, 12 de setembro de 2010

Malu é sempre Malu

- Sempre fui fã assumidíssima de Malu Fontes, e neste domingo, me tornei ainda mais (se é que isso é possível). O texto ("Os donos da lei") está muito bom, como sempre e eu, ainda consegui me identificar com ele. Muito bom mesmo! Aí vai um pedacinho, crucial, o que eu me identifiquei:

"Às mulheres, o diagnóstico que as leva para os centros de tortura, na linha dormindo com o inimigo é, quase sempre, a síndrome torta da cobertura. Quando apaixonadas, as mulheres, diante de um homem-barraco, sempre acham que vão transformá-lo numa cobertura, quem sabe até num duplex. Auto-engano do bom. Um barraco nunca será uma cobertura. No máximo, será um armengue, um barraco maquiado que, diante de qualquer ventinho, vai mostrar do que é feita sua estrutura interna e sua base essencial."

Como dizem hoje em dia: fica a dica! ;)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Analfabeta digital

- O twitter é um saco. Sem fundos e sem utilidade. Eu odeio o twitter! E não sei usar esse troço. Alguém se habilita a me explicar? =/
Logo no dia em que o IBGE divulga dados que mostra a queda do analfabetismo no Nordeste (de 22,4% em 2004 para 18,7% no ano passado), descubro que eu sou uma semi-analfabeta digital! Que horror!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Joguei a toalha

É, todo mundo está se rendendo e eu também me rendi, joguei a toalha: fiz um twitter, mas é segredo. Não precisa se preocupar em me seguir, eu não sei usar aquele trocinho, só fiz pela Panorama mesmo. Afinal de contas, o que a gente não faz pelos filhos não é verdade? Em breve, ela voltará com toda força. Aguarde... Enquanto isso, preocupe-se com sua vida, não se preocupe em me achar no twitter. ;)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Não sou índio, quero minhas barracas de volta!

- Era manhã de outono quando os nossos futuros colonizadores chegaram à terra "desconhecida". Preconceituosamente falando, começava a nossa era de coisas ruins, nossa colonização de exploração, desbravando terra a dentro, sem dó, nem piedade. Depois de anos de sofrimento, e misturas culturais, viramos o Brasil. Cada canto com sua peculiaridade. Esta semana, 510 anos depois, senti como se tivéssemos regredido ao ano de 1500. Mais de 100 barracas de praia foram derrubadas, repetindo, sem dó, nem piedade, um cenário assustador do descobrimento.
Os meios de comunicação mostraram cada detalhe sórdido e triste da situação. Cada madeira indo ao chão, cada lágrima dos barraqueiros e suas famílias. Ninguém fez nada além disso. Nada além de assistir aos tratores derrubando anos de trabalho e suor das famílias que tinham nas barracas sua única forma de sustento. Os escombros da vez foram as barracas as consideradas de elite, talvez por isso a repercussão tenha sido maior. Outras já haviam sido destruídas no início deste ano e a espetacularização foi menor.
A determinação, dada pela Justiça Federal, poderia ter sido evitada pelo governo do estado ou pela prefeitura. Nem um dos dois se manifestou. João Henrique perdeu a oportunidade de virar o "Pai dos Barraqueiros", e se não fosse evangélico, viraria até santo. Tudo isso porque foi ameaçado, pelo juiz Carlos D'Ávila, de ser preso. Interesses em evidência recuou com o pedido de suspensão da demolição e perdeu a chance de virar Jesus, que morreu para salvar seu povo. No caso, ele teria sido preso e salvaria o povo, ou ao menos, teria tentado, mesmo que não desse certo. Pois bem, ele não o fez, não se "crucificou" por si próprio, e agora é o povo que está fazendo isso, culpando explicitamente por todos aqueles que agora não tem para onde ir.
Voltando à relação das barracas com os portugueses - de maneira preconceituosa - quando eu vi os tratores chegando ao destino desejado, relacionei com as caravelas chegando ao litoral nordestino. A diferença é que os índios tentaram resistir, fugiam do trabalho forçado e foram iludidos com alguns presentinhos. Já os barraqueiros não podiam fugir, e o máximo de resistência que conseguiram foi se amarrarem aos seus equipamentos ou jogarem álcool pelo corpo, ameaçando cometerem um auto-incêndio. Nós, consumidores das barracas, não  resistimos. Somente após a derrubada, é que algumas pessoas se manifestaram, em comentários virtuais, mas não passou disso.
No contexto em que estamos, o presentinho ilusório foi a implosão da Fonte Nova. Uma semana de contagem regressiva, para distrair a mente do povo e esquecer os barraqueiros. Foram sete dias relembrando histórias que marcaram o estádio, jogos, confusões, vitórias e derrotas. Alguém lembrou que tinham centenas de famílias sem emprego, correndo risco de morrer de fome? Não! Todos os olhares se voltaram para os 700 quilos de explosivos que detonariam a Fonte. E foi um grande espetáculo transmitido ao vivo pela televisão, internet, e não duvido que pelo rádio também. Mas os barraqueiros continuam passando por necessidade, acredite!
Então, vendo a nossa cultura de ir para as barracas nas praias, e não para a praia em si, sendo destruída, nã o tem como se desvencilhar do processo de imposição cultural que sofremos há 500 anos. Nos acostumamos a ser uma coisa, e agora, teremos que ser outra novamente? A diferença é que eu não sou índio e tenho quase certeza de que não vou me adaptar tão facilmente a essa nova realidade, porque eu sei que sou egoísta o suficiente para pensar que nunca mais eu poderei tomar um Sol tranquilamente, esquecendo que pior do que continuar branquela, é não ter como sobreviver. Sendo egoísta ou não, uma coisa é certa: eu quero as barracas de volta!