quinta-feira, 1 de abril de 2010

Eu quero é botar meu bloco na rua...

- E então, de repente, não mais que de repente, tudo se transformou. As árvores pareciam mais bonitas, as pessoas pareciam mais interessantes e felizes, as estrelas brilharam mais. O ar parecia mais puro, na verdade, eu respirava alegria, um misto de alívio e euforia me invadiu. Eu não soube reagir, não soube me defender dessa nova sensação que vinha como descargas elétricas percorrendo o meu corpo. Eu queria correr, sair gritando por aí, mas minhas pernas não seriam capazes de desgastar todo esse vulcão que estava em erupção dentro de mim.
Tudo começou com uma conversa no estágio, numa simples tarde de terça-feira, tudo ia bem, a pauta estava tranquila, eu conseguia desenvolver bem o texto. Então, começamos a conversar, e uma luz surgiu em minha vida. Não, eu não estava me apaixonando por ninguém, eu estava completamente encantada por um novo modo de vida. O que mais eu podia fazer, senão me entregar? Resolvi mergulhar nessa oportunidade, nessa nova ideia. É chegada a hora de botar meu bloco na rua.
Parece que eu me tornei alguém realmente capaz de ir atrás dos meus objetivos, ou de forma mais poética, dos meus sonhos, meus desejos mais íntimos, minhas vontades mais secretas. E eu vou atrás, não vou desistir dessa vez, vou até o fim, sem cansar, sem me iludir, sem me enganar, vou na cara e na coragem como dizem por aí.
Sempre fui do tipo que me auto-boicotei, nunca fui de fazer um marketing pessoal. Prefiro que as pessoas me conheçam de verdade, e desconstruam por si mesmas os pré-conceitos que estabelecem quando me veem. Nesse caso, sempre me disseram "você vai conseguir, é inteligente, é esforçada, vai sempre alcançar seus objetivos". Eu me boicotei. Não dei o melhor de mim, não fui eu mesma, assim, não consegui. A luz criou uma nova atmosfera e sinto que agora eu posso.
Eu espero que essa luz continue acesa e que ilumine o resto da minha vida.

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