quinta-feira, 4 de março de 2010

É o velho amor, ainda, e sempre.

- Ainda sinto saudades. E acho que nunca vai passar, nada vai preencher a falta que ela me faz. É simplesmente impossível passar um dia inteiro sem que a sua imagem percorra minha cabeça, mas eu procuro desviar os pensamentos, as lembranças para não fazer mal para nenhuma de nós.
Acredito que ninguém escolhe sentir saudades, até porque dói, dói muito! Incomoda, é uma angústia grande, dá vontade de trazer a pessoa para perto, encurtar todas as distâncias, esquecer o mundo real, e criar uma bolha, onde todos que nos fazem falta estejam reunidos, para que não soframos tanto. É egoísmo, eu sei, todos somos um pouco, acredito piamente nessa verdade.
Infeliz ou felizmente, a partir de hoje, uma nova saudade me invade. Não é mesma que tenho sentido nos últimos meses, que me entristece por não saber em quanto tempo ela poderá ser esgotada, mas aquela que surge quando sabemos exatamente a quilometragem que nos separa. Aquela que dá vontade de ir ao encontro sempre, porque sabemos que ainda está bem perto de alguma forma, e apenas a suposição que um dia essa saudade pode se tornar ainda maior, e ser igual ao sentimento que me invadiu há quase quatro meses, dói ainda mais, dá vontade de chorar.
Eu discordo do ditado "a gente só dá valor quando perde". Não é bem assim, pelo menos comigo, não é assim. Existe sim, a valorização das pessoas que amo, que são importantes para mim, que me fazem bem e que completam minha vida. Quando existe a perda, ou ainda, a suposição dela, é que eu percebo o quão pior será, o quanto eu realmente vou sentir. Tive essa experiência nos últimos dias e foi horrível, só na suposição, na pseudo-ausência, parecia que faltava uma enorme parte de mim. Aqui em casa, ficou tudo estranho, como se um dos lados de um pentágono (afinal, Minni faz parte da família) tivesse sido arrancado bruscamente e, percebi que virar um quadrado, figura tão comum e mais agradável ao olhos, não é assim tão fácil.
Sentirei novas saudades. Saudades das visitas de domingo, das cantorias, do sorriso espontâneo, de sua alegria constante. Mas é por isso que existem os telefones, para encurtar um pouco isso tudo. Eu não vou deixar de vê-la, é óbvio que não. Irei viajar é claro, é tão pertinho! E não se preocupe, estaremos sempre bem, quando a senhora também estiver.
Te amo, já sinto saudades.

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