domingo, 24 de abril de 2011

Lembrança

– "No compartilhamento das lembranças produz-se uma evolução. Alguns fatos são dolorosos demais para ser contados: revelando-os, nós os revivemos de novo. Temos então a esperança de que, com o passar do  tempo, a dor desaparecerá, e que em seguida será possível partilhar com outros aquilo que vivemos e nos aliviarmos do peso de nosso próprio silêncio. Mas, volta e meia, quando não há mais sofrimento na lembrança, é por respeito a si mesmo que a gente se cala. Já não sentimos a necessidade de desabafar, e sim a de não arrasar o outro com as lembranças de nossas próprias desgraças. Contar certas coisas é permitir-lhes ficar vivas no espírito dos outros, quando o que afinal nos parece mais conveniente é deixá-las morrer dentro de nós." (Não há silêncio que não termine - Ingrid Betancourt)

*A música combina muito com tudo que é descrito no livro. Vale a pena ler o trecho, ouvindo-a.  

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