terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A Lua ainda estava no céu

Quando acordei a Lua ainda estava no céu. Azul celeste, imaturo, início de dia. Eu estava nascendo também, para um novo dia, uma nova missão a cumprir. Fomos amadurecendo juntos, as nuvens apareceram, sumiram, e ele reinou majestoso. O Sol. Lindo, brilhante, energizante, me animou, despertou meu ser para aproveitar o que viria de bom. Fomos juntos mais uma vez. A cada raio que eu sentia queimar a minha pele branca, um novo sorriso brotava espontâneo. Assim, no automático, como apertar um interruptor e acender uma luz. Minha luz, meu guia.
Me enjaulei, me escondi. As janelas não deixavam mais os raios penetrarem em minha pele, me fazendo sorri. Perdi meus sorrisos, minha graça. O dia continuou amadurecendo, ficando mais intenso, o céu então clareou, e escureceu. Ficou forte, esplêndido. Eu não vi e me perdi. O cheiro e o barulho da chuva chegaram trazendo a melancolia e nem a luz da Lua eu vi. São as noites que me deixam assim, com ares de tristeza. A Lua ainda estava no céu e eu dormi.



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