terça-feira, 10 de agosto de 2010

Minhas raízes

-- O texto abaixo foi um trabalho da faculdade que eu acabei nem apresentando, graças à minha timidez...

- Sou Amanda da capital baiana, mas com os pés no interior do estado. Sou digna de ser amada (Amanda), graças a meu pai, que mudou meu nome assim que nasci, deixando a ideia de mãe em transformar em Renata para trás. Diz ele que achou o nome da amiga de minha tia bonito, e por isso quis me batizar assim. Minha mãe concordou, quem sou eu para ir contra? Para me explicar, e contar da força das minhas raízes, começo pela ordem de meus sobrenomes.
Meu Azevedo veio lá de Irará com minha tataravó e minha bisa, que fugiram de lá, das agressões do meu tataravô. As irmãs de bisa, ficaram por lá. Minha Maria (bisa) começou a trabalhar cedo, ajudando em casas de família, minha vó veio ao mundo cedo também, coisas da vida. Minha bisavó conheceu meu bisavô e logo depois veio minha tia-avó, e minah vó ganhou um pai digno.
Ainda jovem minha vó conheceu o pai de minha mãe, e é daí que vem o meu outro nome: Palma. Ainda que o "dono" dele não traga boas lembranças, nem seja orgulho de ninguém, a geração da qual faço parte em minha família, carrega o sobrenome para onde vai. Por falta de contato, a história de onde vem o Palma é meio confusa, de Cairu ou Valença, não sei ao certo. Mas sei que ele também veio para cá e se disseminou, algumas concentrações na Cidade Baixa, e em outros locais, para mim desconhecidos. Há ainda meios-tios em Simões Filho, graças às astúcias do pai de minha mãe, e ainda tenho uma tia de 12 anos na Ilha de Itaparica. O Palma espalhou-se também pelo Brasil, em São Paulo e outros lugares.
Aos 17, minha mãe conheceu um ruivo barbudo. Meu pai. Filho de "dona" das Virgens e "seu" Orlando. Ambos Carvalho. Linda coincidência do destino, que me deixaria com dois sobrenomes iguais, mas dois viraram um, da mesma maneira que meus avós tornaram-se um só após o casamento. Ela, de Paripiranga (Bahia), ele de Simão Dias (Sergipe). Se gostaram,  se amaram e se casaram. Nasceram cinco filhos.
Vieram para a capital em busca de melhores condições de vida, com os filhos pequenos ainda, sem dinheiro, sem casa, nem emprego. Sobreviveram. Como chegaram aqui em Salvador por volta de 1940, e como mesmo diz dona das Virgens, não tinha televisão, então, fizeram mais filhos. Nasceram mais seis. Exato, um time de futebol. Família enorme, hoje nem sei contar nos dedos quantos primos eu tenho, nem quantos de segundo grau eu tenho também. É gente! Aqui da Bahia é isso, isso me faz. As famílias Azevedo, Palma e Carvalho são de origem espanhola ou portuguesa, não sei de onde exatamente. Tenho uma parcela de negritude - ou não gostaria tanto da batida do Olodum - e de índios também - ou não adoraria uma tapioca.

Um comentário:

  1. sua avó é das Virgens? de Itaparica? oxe! na minha pesquisa qdo fui buscar as origens do meu sobrenome (Virgens) tb fui parar lá em Itaparica, hahaha

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