domingo, 20 de fevereiro de 2011

De dentro

Tímida. Mas de sorriso largo e olhos atentos. Os traços fortes e delicados definem sua indefinição natural. Não há como estereotipá-la conhecendo os seus pensamentos. Por fora, o rosto de uma moça querendo virar mulher, de possível jeito esnobe. Quem conhece sabe do tremendo engano que é acreditar no que é o seu fenótipo. Não é isso, ou aquilo. É cara de menina mesmo, jeito de menina também, mas às vezes se enfurece por ser essa uma verdade tão forte. Não porque não queria ser mais menina, até sente saudades da infância, mas por acreditar veementemente que isso a faz menor.
Dos livros, queria ser a borralheira, só por entender que a personagem era independente e podia se manter só. das músicas, acredita sempre que é a última romântica do mundo. Talvez seja, talvez não. Dos poemas, é aquele que ama, mas se faz de forte. Do paradoxo, é a que incentiva o sucesso alheio, mas tem pouca auto confiança. Dos outros, é a prestativa, gente boa e tal. De si, não sabe o que é. Não sabe mesmo e não afirmo isso por acreditar que é um certo charme para entreter os outros, é por saber mesmo que é verdade. Afinal, quem é que não sabe de si?

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