quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Dependência Sinestésica

- Sempre achei um pouco ridículo, chegando até a ser estúpido o comportamento de algumas pessoas, que eu acreditava serem dependentes de algo, seja lá o que fosse esse vício. Porém, não sabia eu que também fazia parte desse grupo. Talvez por não considerar o meu vício algo que pudesse levar à dependência.
Os primeiros sintomas vieram quando eu tentava fazer alguma coisa sem ela e não conseguia. Nem estudar sem ela, eu consigo! Comecei a ficar realmente preocupada, e me perguntava: "meu Deus, será que estou ficando louca?" A necessidade aumentava a cada dia (ainda continua crescendo...) e as coisas pioraram: começou a afetar a minha saúde, passava mal, ficava enjoada, com dores de cabeça; definitivamente, preciso da música.
Seja ela qual for, seja na mais inusitada situação da minha vida, preciso de uma trilha sonora. Com a música tudo ganha cor, cheiro, para mim tudo se torna especial, tem um brilho diferente. Ou seja, para completar a minha loucura (ser viciada em música!), ela intensifica a minha sinestesia.
Não sei exatamente quando começou, talvez com minha irmã, que adorava ouvir rádio todas as manhãs, e eu estava sempre participando desses momentos. Realmente não sei, a única certeza que tenho é que depois da música minha vida mudou. O mais incrível é que não sei tocar nenhum instrumento, gosto apenas de ouvir e desfrutar todas as sensações que ela me provoca.


sábado, 15 de agosto de 2009

Olho por olho, dente por dente!

- Inspirada em mim mesma e em alguns exemplos ao meu redor, resolvi escrever sobre essa tal coisa do estereótipo. Acredito que todo mundo tem um estereótipo, ou pelo menos, é encaixado em algum, seja por vontade própria ou não. É quase uma necessidade vital do ser humano. Estamos sempre julgando as pessoas, admito que também o faço, normalmente, é involuntário, e quando percebo já o fiz. Digo involuntário, porque de certa forma temos consciência desse tipo de atitude.
Mas quem resiste a um comentariozinho sobre a vida alheia? Afinal, não faz mal a ninguém, certo? Errado! Sabe aquele velho ditado (adoro ditados! Não sei bem se é um, mas vamos lá!): não faça para os outros, o que não quer que façam com você? Pois é, ele tem feito muito sentido ultimamente...
Talvez, cada pessoa seja rotulada proporcionalmente à quantidade de vezes em que ela julga alguém (nossa, que momento profundo!). Mas é tão fácil julgar alguém pelo que ela aparenta ser, que já tornou-se comum. Muito comum. Julgar pela aparência é tão inerente quanto ouvir música, e no mínimo balançar o pé.
É feio, muito feio! As mães não deveriam ensinar isso aos seus filhos! Infelizmente não é assim... Quando se vê uma loira, o que se pensa? Que ela é burra, ou no mínimo, lerda! Quando se vê alguém de óculos, o que se pensa? Que é um nerd, viciado em jogos e que só vive estudando!
Queria saber onde foi que tudo começou: quem foi a primeira loira considerada burra; conhecer o primeiro nerd que usava óculos. Afinal, teoricamente, eles são os culpados!
O fato é que de qualquer maneira, todo mundo tem um estereótipo, sempre existe algum que se encaixe perfeitamente, talvez por isso tenhamos tanta necessidade de julgar os outros também. Olho por olho, dente por dente.


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Barbuletas do meu jardim

- Estava outro dia pensando sobre a minha vida (claro que isso, eu faço sempre!). A cada instante é como se passasse um breve filme na minha cabeça, e cada cena nova é acrescentada nesse roteiro. Consigo ver a menininha banguela de cachinhos claros (já com a capa da máquina fotográfica na mão), se transformando na sapeca menina de cabelo curto e liso, de franjinha (cara de Matilda!), que vai crescendo, ficando responsável (até demaiss!) e estragando o cabelo também. Vejo um BUM! e aparece uma garota de 15 anos, de cabelos longos aloirados (agora, artificialmente), cheia de dúvidas e medo; e logo após dois anos tornou-se um alguém desesperado, que morria de medo de depender da Física por mais alguns anos... E depois de apenas cinco meses, está na faculdade, e todos os dias tenta ir contra sua timidez extrema nas tardes durante o estágio.
Depois do momento "retrospectiva", sempre fico com uma interrogação sobre o que sou agora. Não acredito que sou apenas alguém de 18 anos (com cara de 12!), que teve coragem de se livrar das suas longas madeixas, e dar espaço aos cabelos curtos (novamente loiros); que ainda está confusa e continua lutando contra sua timidez que sempre esteve presente. Devo ser mais do que isso, mais do que a cara de Maria: certinha, imaculada, pura e outros adjetivos que sou intitulada.
Quero outras leituras sobre o meu perfil, sobre minha personalidade. Algo além de "você é gente boa! Você é inteligente!" e etc (juro que não é marketing pessoal!) e que realmente consiga expressar quem sou, que ultrapasse essa capa que me esconde (mesmo que involuntariamente).
Quero um olhar diferente que consiga ver no meu sorriso a menina que gostava de "barbuletas" e "memelho" (e contava tudo aos seus diários, mesmo sem saber escrever direito), mas que também consiga ver um pouco de experiência que tem mim.



Apenas o começo...

- Escolhi fazer um blog só para mim, buscando apenas um pouco mais de espaço... Não estou afirmando que eu estava sufocada no outro blog, jamaaiis! Quero apenas poder me dedicar mais à escrever mesmo, poder escrever à todo momento, em cada instante que eu sentir vontade. No mais é isso! Para ver outros textos meus: http://www.confissoesa4maos.blogspot.com/

Beijos